Governo pagou R$ 364 mil a jornais fantasmas

Segundo os editores, as publicações, todas do Grupo
Laujar de Comunicação S/A, de São Bernardo do Campo e entregues como
prova, tinham apenas quatro páginas cada um e traziam notícias
repetidas. Além disso, as informações e as imagens eram cópias de
reportagens de portais de notícias sem atribuição de créditos, aspectos
que, segundo os especialistas, seriam “índícios de fraude”.
De acordo com a Folha, os periódicos tinham um anúncio
da Unimed com números de telefone genéricos, outro do Governo e um
terceiro sem identificação.
Os auditores encontraram um sobrado residencial no
endereço onde supostamente estaria situada a sede do grupo, e vizinhos
contaram que desconheciam a existência de atividades no lugar.
Das 35 bancas visitadas e das 21 contatadas pelos
fiscais, apenas uma, indicada pelo dono do grupo Laujar, conhecia um dos
jornais citados, o Jornal do ABC Paulista.
O relatório concluiu que os periódicos entregues como
prova à Secretaria de Comunicação Social foram forjados e que a
declaração em cartório sobre a tiragem das publicações é falsa.
A Secom afirma que o processo está aberto e que espera o
resultado de uma investigação que está sendo realizada pela
Polícia Federal. Ela afirmou ainda ter suspendido os anúncios
nos jornais antes da primeira reportagem da Folha que denunciava o caso,
em 2012.
O representante da Laujar disse que o relatório é
mentiroso e que foi elaborado por pessoas não “técnicas”. O homem, que
se identificou apenas como João Carlos, negou que a empresa funcione em
um imóvel residencial e garantiu que os anúncios são verdadeiros, e os
jornais, impressos em rotativas, reais.
Terra
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