Doda de Tião nega infidelidade e diz: “para ter mandato, tem que ter voto”
Petebista garantiu não ter cometido nenhum ato falho contra a lei e não teme perder mandato
O advogado Demétrio Almeida, que
representa o deputado Doda de Tião (PTB), esclareceu, nesta
segunda-feira (3), matéria exclusiva veiculada pelo Portal MaisPB que
trata de uma articulação que está sendo estudada para questionar o
mandato do petebista no âmbito da Justiça Eleitoral sob o argumento de
infidelidade partidária.
De acordo com Demétrio, o instituto jurídico da infidelidade partidária é
regido por ordenamento expresso, com pontos objetivos que possam
ensejar um processo judicial eleitoral sobre o tema.
Segundo ele, o deputado em momento algum infringiu qualquer ponto da
norma legal que regula o assunto. “Estamos muito tranquilos quanto à
judicialização de fato inexistente. Estamos prontos para fazer a defesa
do deputado em qualquer processo nesse sentido”, comentou.
O deputado Doda de Tião também se disse tranquilo quanto à possibilidade
de ver o seu mandato questionado na justiça por suplentes de sua
coligação.
Segundo o parlamentar, na democracia para ter mandato, tem que ter voto.
“Quem não é escolhido pelo povo, resta espernear”,disse, reiterando não
ter cometido nenhum ato falho contra a legislação. “Estou tranquilo e
feliz com a nossa vitória, que é a vitória livre do povo que nos
escolheu”, arrematou.
Entenda o caso
O deputado Doda de Tião disputou a eleição pela coligação ‘A Vontade do
Povo 2”, que tinha como candidato a governador, o senador Cássio Cunha
Lima (PSDB).
Apesar da aliança, Doda não seguiu a orientação do seu partido e
anunciou apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB), reeleito no 2º
turno das eleições.
A postura de Doda foi alvo de questionamentos pelos suplentes da
coligação, Antônio Mineral (PSDB) e Jullys Roberto (PEN), que pretendem
estudar a viabilidade de uma ação para reivindicar o mandato do
petebista no âmbito da Justiça Eleitoral com base na lei da infidelidade
partidária.
De acordo com Jullys Roberto, 2º suplente da coligação, ainda essa
semana, ele e o deputado Antônio Mineral, discutirão com uma banca de
advogados o cabimento ou não da ação.
Alexandre Freire – MaisPB
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