quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Eurico, presidente!

Após maratona de 20 horas de eleição, Eurico Miranda volta ao poder no Vasco


Foram cerca de 20 horas dentro do empoeirado ginásio de São Januário. O penteado não resistiu, foi consumida pelo menos uma dúzia de charutos enquanto praticamente não houve alimentação, até que, já no fim da madrugada desta quarta-feira, Eurico Miranda, de 70 anos, comemorou com o tradicional grito de "Casaca!" sua volta à presidência do Vasco. É a quarta eleição que ele vence no clube. Eurico presidiu o Vasco entre 2001 e 2008, quando perdeu o mandato porque Justiça anulou a eleição de 2006 por problemas com a lista de eleitores.
O retorno à presidência será confirmado daqui a uma semana na reunião do novo Conselho Deliberativo, eleito ontem por 5.592 sócios que compareceram para votar - recorde na história eleitoral do Vasco. A chapa de Eurico Miranda teve 2.733 votos, oito a mais que a soma de seus dois adversários. Assim, ganhou o direito de indicar 120 membros do conselho.
A chapa de Julio Brant ficou em segundo lugar, com 1.570 votos, e terá direito a 30 cadeiras no Conselho Deliberativo. O grupo de Roberto Monteiro, em terceiro lugar com 1.155 votos, foi o grande derrotado da noite. A diferença de votos entre a soma dos candidatos e o total de eleitores que compareceram se explica pelos votos que foram impugnados porque os sócios não deviam constar da lista de eleitores e também abstenções.
Somente às 3h30m desta quarta-feira terminou a contagem dos votos de uma das eleições mais polêmicas da história vascaína. Se todo o processo eleitoral foi marcado por acusações de fraude, adiamento do pleito e batalha jurídica, o dia da votação também foi muito movimentado. Houve pedidos de impugnação do pleito, cenas que beiraram a violência - Julio Brant teve de deixar o clube escoltado, já de madrugada - e grande comemoração na madrugada.
- Não estou feliz por mim, mas pelo Vasco, que terá futuro melhor. Eu tive mais que a soma dos votos deles. Quem me botou de volta foram os vascaínos, os sócios - disse. - Se eu estivesse preocupado com a situação (financeira) do Vasco, não teria largado meus netos para resgatar o Vasco. Vim porque posso tirar dessa situação.

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