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SEBASTIÃO DIAS, POETA E PREFEITO DE TABIRA, SOBRE A MORTE DE JOÃO PARAIBANO: "ESTOU COMO UM BOI DE CARRO QUE PERDE SEU PARCEIRO"

O abraço emocionado de Sebastião Dias em Rubinho, como carinhosamente é chamado o filho de João

Seu parceiro de 36 anos Sebastião Dias, estava inconsolável esta manhã na Rádio Pajeú ao lado de Diomedes Mariano, um dos responsáveis pelo registro e resgate de sua história. “Estou como um boi de carro que perde seu parceiro. Como um canário que cantava em dupla e viu o outro morrer na gaiola. Não sei o que eu perdi, se um amigo, um irmão, um parceiro”.

Sebastião lembrou o início da carreira e as emoções vividas por ambos em mais de três décadas de viola. “Ganhamos o pão de nossos filhos, choramos a saudade deles, vivemos muita coisa juntos”.

João Pereira da Luz, ou João Paraibano como era conhecido, nasceu em 7 de outubro de 1952 em Princesa Isabel, terra de Canhoto da Paraíba. Era um paraibano de coração, afogadense de coração.

Os versos abaixo, de sua autoria, poderiam servir de epitáfio para o grande cantador:

 Faço da minha esperança
Arma pra sobreviver
Até desengano eu planto

Pensando que vai nascer
E rego com as próprias lágrimas
Pra ilusão não morrer.

Na Rádio Pajeú, no programa 'Debate das Dez', abalados, Sebastião Dias e Diomedes Mariano lamentam a morte de João Paraibano

Companheiro de tantas cantorias, Sebastião Dias, prefeito de Tabira, manteve-se o tempo todo ao lado do caixão de João Paraibano e, muito emocionado, por várias vezes segurou a mão do seu amigo

Confiram João Paraibano e Geraldo Amâncio, num galope a beira mar, no Teatro Municipal de Campina Grande