terça-feira, 5 de agosto de 2014

Superação de obstáculos

Cássio: agora a decisão é no voto



Cássio: a sutileza da superação pós dor

Por Walter Santos

Em julho de 2012, no exato dia 7 daquele mês, um silêncio tomou conta da Paraiba a partir da família Cunha Lima com o anúncio de morte do poeta e ex-governador Ronaldo Cunha Lima. Naquele sábado chuvoso milhares de parentes e amigos foram dar adeus na Pirâmide do Parque do Povo, sob o som musical profundo e permanente de "Ribalta", de Chaplin, à quem em vida foi abrigo de muitos lamentos, parte deles do sofrimento vivido como desdobramento da opção que ele e seu filho, Cássio, haviam feito na disputada eleição de 2010.

Antes de ir embora, o mesmo apartamento em Tambaú serviu de ombro para prantos e lamentos pela forma com que havia sido inaugurado o então novo tempo de relacionamento entre gestor maior da Paraiba e paraibanos, muitos deles eleitores da nova ordem.
O preâmbulo elastecido bem serve de abrigo atemporal para acatar em seu bojo de memórias o tempo posto à prova de Cássio, que já ali não agüentava de tantos lamentos desaguados pós Ronaldo na perspectiva de construção de um processo no qual, anos depois, em 2014, pudesse haver a possibilidade de refazenda da busca de uma fase diferente na qual, mesmo diante do governador à beira do tumulo, silencioso, houvesse a recomposição do tempo – para muito além dos amigos de Ronaldo, considerado perdido.
Esta é a síntese de um arrastado processo à época com dúvidas e incertezas sobre qual rumo tomar diante do tal sofrimento popular, mas que com Cássio esse contexto poderia se afirmar-se possível de fato para em candidatura postulada e consolidada na Justiça Eleitoral viesse a ser uma poossibilidade de fato e concreta para servir a um novo tempo.
Passados tantos dias, o sacramento do Tribunal Regional Eleitoral de que inexiste qualquer impecilho à vida política de Cássio se traduz num passaporte de valor amplificado, desde as queixas tantas ao Poeta em fase despedida, ancorada nos ombros do filho que agora carrega o andor de uma jornada somente a terminar em meados de outubro.
A partir desta segunda-feira, 3, contudo, véspera do aniversário de fundação da Paraiba velha de guerra, mais fortemente no berço denominado de João Pessoa, o candidato tucano celebrou consigo e com a força da Lei eleitoral a condição de que, somando-se ao desejo de parte do Estado, agora pode bater no peito e dizer que é Ficha Limpa em grau tal que poderá disputar com quem tanto ajudou a crescer mas não soube em harmonia gerar a nova fase da História paraibana com reais chances de reparar rumos e modos, posto que viver em paz é maior do que poder pensar-se o que não se é.

Pode parecer piegas, mas desde a despedida de Ronaldo que se ouvia o pranto coletivo de se buscar construir a superação dos obstáculos. Uma delas, talvez a principal, foi movida neta segunda, 4, em nome da Lei e da realidade posta, como uma chama a atender os ombros do Poeta para um projeto de contemplação e realidade de uma Paraíba em outro rumo de perspectiva.

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