Perdi um pai e um líder, diz filho mais velho de Campos
"Perdi um pai e um líder,
mas tem que se dar um jeito para que a bandeira dele não caia porque os
ideais dele são o futuro do Brasil." A frase, de João Campos, de 20
anos, filho do ex-governador Eduardo Campos, foi dita ao primo Joaquim
Pinheiro, durante visita à família, na manhã desta quinta-feira (14).
Segundo Pinheiro, João e a família vivem um clima de perplexidade, ainda
sem entender o que aconteceu. "A família está procurando um ajudar aos
outros para não perder o chão", disse ele na saída.
O nome de João chegou a ser cogitado como candidato
a deputado federal, mas o projeto foi adiado. Em junho, ele acabou
entrando em um conflito com a prima, a vereadora Marília Arraes (PSB).
Ela buscava apoio de Eduardo Campos para se eleger deputada estadual e
queria se manter na coordenação da juventude do partido, cargo para o
qual João tinha sido indicado pelo pai.
Marília reclamou do estilo centralizador de Campos, o que incluía a
Juventude Socialista que, segundo ela, pela vontade de Campos, teria o
filho João como coordenador. Após o desentendimento a vereadora passou a
apoiar a reeleição de Dilma e do candidato adversário ao governo,
Armando Monteiro Neto (PTB).
Diante do conflito, o próprio João tratou de pôr um ponto final ao assunto e divulgou uma nota
dizendo precisar se preparar para fazer jus à herança política deixada
pelo avô Miguel Arraes e pelo pai. "Agora é momento de terminar os
estudos", encerrou ele, a questão. Ele cursa Engenharia na Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE). No entanto, não tinha intenção de deixar
de viver a política. Segundo o Jornal do Commercio, ele afirmou que
“ninguém deve depender de mandato para viver ou qualquer outra função
pública para ter papel político”.
Velório
Mais cedo, o prefeito Geraldo Júlio (PSB) esteve com a família e
informou que Renata Campos, viúva do ex-governador, agradeceu as
mensagens de solidariedade.
O velório de Campos ocorrerá no Palácio Campo das Princesas, sede do
governo de Pernambuco. Não se sabe ainda quando será, pois depende da
liberação dos restos mortais do ex-governador pelo Instituto Médico
Legal (IML) de São Paulo.
Época
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