Ricardo Coutinho e Cássio protagonizam debate, onde direitos de resposta deram o tom
O
debate realizado pela TV Master na noite desta quinta-feira (31), em
João Pessoa, onde os seis candidatos ao governo do estado tiveram a
primeira oportunidade de apresentar suas propostas foi marcado por
trocas de acusações e direitos de resposta onde o governador e candidato
a reeleição, Ricardo Coutinho (PSB), foi alvo constantes críticas,
sendo chamado de desumano em pelo menos três ocasiões.
Cássio
Cunha Lima (PSDB) e Ricardo Coutinho dividiram as atenções no debate e
inclusive os pedidos de Direito de Resposta, que consumiram boa parte do
tempo do debate.
Quem abriu o confronto de ideias, após um
sorteio, foi o candidato, Major Fábio (PROS), que afirmou estar
representando a "indignação do povo". Já o candidato à reeleição,
Ricardo Coutinho (PSB), disse que estava feliz por ser candidato sem ter
que fazer peripécias e afirmou ter quebrado paradigmas.
O
candidato, Antônio Radical (PSTU), afirmou que era candidato para
enfrentar os grupos sempre representados pelos mesmos partidos.
Para
o tucano, Cássio Cunha Lima, o momento é de "fazer um governo novo".
"Aprendi com os erros e sofrimentos pessoais e quero tirar a Paraíba do
retrocesso que vive, sem ódio e sem rancor".
O peemedebista Vital
do Rego disse que vai romper com o atraso, assim como o candidato do
PSOL, Tarcio Teixeira, que disse ter várias criticas sobre o "sistema
político".
Ricardo foi acusado, logo na abertura do debate, de
"estelionato eleitoral" por Radical, quando disse na eleição passada que
reduziria a criminalidade em três meses. O candidato do PSTU, inclusive
sugeriu a população que acesse o youtube para ver as promessas do
governador nas últimas eleições. Já o socialista afirmou ter investido
na valorização dos policiais e reiterou que sua gestão conseguiu reduzir
o número de homicídios, ao contrário, segundo ele, das anteriores.
Em
um dos momentos mais polêmicos do debate, Ricardo comentou que o seu
adversário, Cássio Cunha Lima, não teria comprado nenhum ônibus escolar
no seu governo, mesmo após um acidente que vitimou alunos. Já Cássio
disse que o governador estava usando a morte de crianças para fazer uso
eleitoral.
Como proposta para segurança, o peemedebista Vital do
Rego defendeu uma segurança enérgica e Cássio defendeu o
reestabelecimento do diálogo com a tropa.
Uma proposta ousada foi a do senador Vital que chegou a citar como solução a contratação de soldados temporários.
O
candidato do PSOL, Tarcio Teixeira, defendeu que o turismo busque
atender primeiro o paraibano e afirmou que a lógica do setor precisa ser
invertida.
Já o Major Fábio condenou a privatização da Saúde no
Hospital de Trauma, afirmando que: "Essa história de apresentar número
não é suficiente, já que não é esta a sensação do povo". Fábio inclusive
questionou Radical sobre o pagamento do piso dos professores na Paraíba
e Radical fez várias críticas a atual gestão, acusando Ricardo de ter
inchado a máquina com prestadores de serviço.
Em seu primeiro
direito de resposta, Ricardo aproveitou para prometer passe livre para
os estudantes do nível médio e disse que pretende dobrar o piso dos
professores.
Nos demais blocos as acusações entre Cássio e Ricardo
só cresceram, onde o tucano destacou as acusações de corrupção no
Hospital de Trauma, já Ricardo disse que toda esta acusação é fruto de
um relatório que vazou e que hoje o trauma duplicou cirurgias e gasta
menos.
Sobre abastecimento de água, Cássio lembrou ter construído
adutoras, inclusive em João pessoa e acusou Ricardo de não ter concluído
muitas destas obras. O tucano disse ainda ter dobrado a rede coletora
do estado.
Vital do Rego defendeu o Porto de águas profundas e
acusou o candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos de ser contra o
porto de Cabedelo, sendo questionado frontalmente pelo governador,
Ricardo Coutinho, que citou vários avanços no Porto do estado.
Números
do analfabetismo, fornecimento de água, geração de emprego acabaram
ficando em segundo plano e os pedidos de direito de resposta e ataques
pessoais continuaram até o último bloco, onde Ricardo afirma ter
construído mais estradas que Cássio, enquanto que o tucano esclareceu
que as obras do PSB só ocorreram por terem sido "planejadas, licitadas e
com recursos captados" em sua gestão.
No último bloco, os
candidatos fizeram suas considerações finais, onde Radical lembrou a
greve dos trabalhadores da CAGEPA, que já dura mais de 30 dias.
ClickPB
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