Presidenciáveis podem gastar um bilhão nas eleições
Até esta sexta, oito concorrentes registraram candidaturas
A campanha à sucessão de Dilma
Rousseff (PT) pode chegar a um valor que se aproxima de R$ 1 bilhão,
segundo pedidos de registro de candidatura entregues pelos candidatos à
Justiça Eleitoral.
Até esta sexta (4), oito concorrentes ao Planalto registraram sua
candidaturas, entre eles o ex-governador Eduardo Campos (PSB). A
presidente Dilma Rousseff e o senador Aécio Neves (PSDB) devem
protocolar seus pedidos de registro neste sábado (5), prazo final
estipulado pela Justiça Eleitoral.
Segundo a Folha apurou, a campanha do PT vai registrar R$ 298 milhões
como limite de gastos.
O valor será usado para a produção do programa de TV –que
tradicionalmente é a parte da campanha que gera mais custos–, comandado
pelo marqueteiro João Santana, além de custos como eventos e a impressão
de material de campanha.
Em 2010, o PT registrou como previsão R$ 157 milhões, mas depois pediu à
Justiça um acréscimo do teto, que foi elevado para R$ 191 milhões (R$
242 milhões em valores atualizados). Ao final da campanha, a petista
declarou gasto efetivo de R$ 176,5 milhões (R$ 222,5 milhões).
Juntamente com a documentação, será protocolado o programa de governo da
campanha petista.
O documento, revelado pela Folha, excluirá temas polêmicas defendidos
pelo PT, como regulação da mídia e pontos sem consenso sobre reforma
política.
AÉCIO
Já o PSDB afirmou que ainda discutia a previsão de gastos que seria
encaminhada à Justiça Eleitoral, mas, nos bastidores, o candidato tucano
afirmava que R$ 290 milhões seria um valor ideal.
Em 2010, o então candidato tucano à Presidência, José Serra (que agora
concorrerá ao Senado) registrou um teto de R$ 180 milhões (R$ 228
milhões, atualizados), tendo, ao final da campanha, declarado um gasto
efetivo bem menor: R$ 130 milhões (R$ 163 milhões em valores de hoje).
Se esse número do PSDB se confirmar, o valor total de limite de gastos
de 9 dos 10 presidenciáveis será de R$ 870 milhões. Pastor Everaldo
(PSC), apesar de já ter registrado sua candidatura, ainda não informou à
Justiça quanto calcula gastar na eleição.
O candidato do PSB, Eduardo Campos, registrou sua candidatura na última
quinta-feira (3), tendo informado que seu limite de gastos será de R$
150 milhões -cerca de 30% a mais do que sua vice, Marina Silva, havia
informado em 2010, quando disputou a Presidência (já em valores
corrigidos pelo IPCA).
Ao final da campanha, Marina declarou à Justiça ter despendido
efetivamente R$ 25 milhões (R$ 31,4 milhões em valores atualizados).
Marina também apresentou sua declaração de bens, que somam R$ 135 mil,
R$ 14 mil a menos do que em 2010. Ela disse possuir uma casa e seis
lotes em Rio Branco (AC), no valor de R$ 102 mil. Seus outros bens são a
participação numa firma individual e saldo bancário de R$ 28 mil.
Folha
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