Delegado responsável pelas investigações acredita que o crime pode ter sido motivado por vingança, após morte de paciente após uma cirurgia
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| Assassinato de médico pode ter sido vingança |
A
Polícia Civil do Estado de Pernambuco segue investigando o assassinato
do médico de Campina Grande Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos,
encontrado morto na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Região
Metropolitana do Recife. O delegado responsável pelas investigações
acredita que o crime pode ter sido motivado por vingança, em virtude da
morte de um paciente após uma cirurgia malsucedida. A família contesta a
informação.
Investigando a carreira do médico e ouvindo o
depoimento de familiares e amigos, a Polícia Civil descobriu que o
cirurgião torácico tinha recebido ameaças de familiares de um paciente
de Campina Grande, que teria falecido após um procedimento cirúrgico
envolvendo um erro médico.
De acordo com o delegado titular do
Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Mozart Santos, a
linha de investigação mais forte indica que o crime foi motivado por
vingança. “Não podemos dar muitos detalhes sobre o fato, mas estamos
seguindo com as oitivas. Porém, outras linhas de investigação ainda não
estão descartadas”, disse o delegado.
A princípio, os policiais
levantaram a possibilidade de latrocínio, pois a vítima teve a carteira e
o carro levados pelos autores do crime. No entanto, segundo a polícia,
as características são claras de uma execução. “Tudo indica que o
atirador o rendeu e atirou nas costas da vítima. Antes de morrer ele foi
retirado do carro, pois não havia marcas de balas no veículo”, explicou
Mozart.
FAMÍLIA CONTESTA
Apesar das
investigações da polícia, a família contesta a hipótese de vingança.
Segundo o sogro do médico, José Iremar Silva, Artur nunca realizou
nenhuma cirurgia ou qualquer procedimento médico na Paraíba. Para a
família, as razões do crime continuam sendo um mistério, restando apenas
a certeza de que ele foi vítima de uma execução.
“Nós não
acreditamos nessa hipótese de latrocínio. Pelas circunstâncias do crime
está claro que ele foi executado, nós só não entendemos por qual razão,
já que ele era uma pessoa tranquila, sem inimigos, que vivia para a
família e o trabalho.
Confiamos e estamos colaborando com o trabalho da polícia e esperamos que tudo seja esclarecido”, afirmou.
Artur
Eugênio era natural de Campina Grande, mas morava em Recife, onde
trabalhava em vários hospitais. Ele vivia com a esposa, também médica, e
um filho de 1 ano. Os pais e outros parentes da vítima moram em
Campina, onde o corpo da vítima está sendo velado desde a manhã de ontem
no bairro do São José.
No local, dezenas de familiares, amigos e
colegas de profissão foram se despedir do médico, que esteve na cidade
pela última vez no domingo, Dia das Mães. Ele passou o final de semana
na casa dos pais e dos sogros, e depois retornou com a esposa e o filho
para Recife. O sepultamento está marcado para as 8h30 de hoje, no
cemitério do Monte Santo.
Fonte: JP

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