OS ECOS VINDOS DE CAMPINA GRANDE
Gilvan Freire
Certamente
descrente de que Ricardo Coutinho esteja torcendo por sua candidatura
ao Senado, vez que recrudescem as manobras e boatos para desalojá-lo da
chapa ricardista como candidato ao Senado, o vice-governador Rômulo
Gouveia está cada vez mais se aborrecendo com as especulações a esse
respeito e endurece o jogo. Mais do que ninguém Rômulo conhece o terreno
onde está pisando e sabe de cátedra que há uma conspiração para
afastá-lo da disputa ao Senado, e o principal mentor é RC, que acha que
seu vice está pensando somente em si.
Certamente
descrente de que Ricardo Coutinho esteja torcendo por sua candidatura
ao Senado, vez que recrudescem as manobras e boatos para desalojá-lo da
chapa ricardista como candidato ao Senado, o vice-governador Rômulo
Gouveia está cada vez mais se aborrecendo com as especulações a esse
respeito e endurece o jogo. Mais do que ninguém Rômulo conhece o terreno
onde está pisando e sabe de cátedra que há uma conspiração para
afastá-lo da disputa ao Senado, e o principal mentor é RC, que acha que
seu vice está pensando somente em si.
Ricardo de sua vez também sabe quais as razões pelas quais Rômulo não
aceitou continuar como vice, na reeleição: receio de não ser nada a
partir de 2015, criando um hiato de quatro anos em sua carreira
política. Ricardo entende que, com isso, Rômulo passa um atestado
público da fragilidade da reeleição do chefe, sentimento que assola todo
o meio político no Estado e é objeto de aferição das pesquisas de
intenções de voto.
É EVIDENTE QUE RC EXIGE DE RÔMULO UMA ATITUDE DE MAIOR CONFIANÇA, de
tal modo que pelo menos justifique os grandes investimentos que RC julga
ter feito em favor do vice, especialmente os favores dos últimos meses,
desde que Rômulo resolveu se afastar de Cássio. RC considera que esse
gesto teve um alto preço, e isso ele pagou.
Por isso RC quer de todo modo que Rômulo solte a candidatura pro
Senado, porque ela representa, no seu entendimento, um ardil para Rômulo
tentar escapar dos desgastes do governo e do governador, propiciando ao
eleitor, especialmente no compartimento de Campina Grande, votar numa
chapa camarão, sacrificando somente a cabeça.
Mas enquanto RC age nos bastidores tentando deslocar Rômulo para
ocupar o lugar de vice em sua chapa, certo de que somente assim Rômulo
não escapa sozinho e se vincula obrigatoriamente a seu destino, para
sobreviverem juntos (o menos provável) ou morrerem abraçados, o
vice-governador monta a sua própria estratégia para escapar das ciladas,
embora já demonstrando desconforto e inquietações com a trama que o
cerca dentro de seu próprio setor político.
BRIGANDO COM CÁSSIO PARA FICAR COM RICARDO MAS CORRENDO OS RISCOS
IMINENTES DE SER DEFENESTRADO PELO GOVERNADOR, Rômulo continua andando
por caminhos pantanosos e pisando em minas mortíferas. Contudo, a sua
última jogada, de se lançar candidato avulso ao Senado pelo seu próprio
partido, é uma estratégia e tanto, capaz por si mesma de deixar RC
desassossegado e Cássio menos descontente com Rômulo. De qualquer forma,
neste caso, Rômulo continua pensando cada vez mais em si e cada vez
menos em Ricardo, porque emancipou-se e criou um partido para não ser
servo de ninguém.
É bom que se pense fundo sobre essas últimas declarações de Rômulo,
tanto quanto deve-se pensar profundamente sobre os passos de Cássio na
direção do PMDB e vice-versa. Para que se eleja governador no primeiro
turno, a boa engenharia começa a ser montada em favor de Cássio, e o
tempo de inverno do mês de maio é promissor para fazer germinar cedo as
sementes que estão sendo plantadas neste momento.
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