Supremo Tribunal Federal torna nula a nomeação de assessores pelo governador Ricardo Coutinho

O
governador Ricardo Coutinho segue colecionando derrotas no embate com
os procuradores do Estado. Na semana passada, o TCU proibiu o Governo do
Estado de usar pareceres jurídicos de assessores comissionados para
contratos envolvendo recursos federais. Agora, o ministro Luiz Roberto
Barroso, do Supremo Tribunal Federal, acaba de anular os atos de
nomeação desses assessores pelo Governo.
Esses assessores vinham
sendo nomeados para cargos em comissão pelo governador RC para exercer
as funções de consultoria, assessoria e a assistência jurídicas de
órgãos da administração direta e indireta do Executivo, funções de
competência, exclusiva, dos membros da Procuradoria-Geral do Estado. Com
isso, os pareceres terão de ser dados pelos procuradores de carreira do
Estado.
O ministro Roberto Barroso acatou a reclamação (RCL)
17.601 da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (Anape). A
sentença proíbe que o trabalho de assessoramento jurídico dos órgãos do
Governo do Estado seja realizado por servidores comissionados, conforme
determina os artigos 131 e 132 da Constituição Federal.
Em sua
decisão, o ministro também rebateu a alegação do procurador-geral do
Estado, Gilberto Carneiro, de que uma decisão liminar ad referendum,
do ministro Celso de Mello, só produziria efeitos depois de ratificada
pelos demais membros da Corte, em Plenário: “Ao contrário, ela apenas
deixaria de produzir efeitos se o Plenário, ao apreciá-la, não a
ratificasse.”
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