Estela diz que Cássio não pode utilizar paralelo entre seu rompimento com PSB ao de Campos com PT
Considerada
por muitos como a “dama de ferro” do governo Ricardo Coutinho (PSB), a
Secretária chefe de gabinete do governo, Estela Bezerra, rebateu hoje o
senador Cássio Cunha Lima que comparou o rompimento da aliança do PSDB
com o PSB da Paraíba, com o rompimento do governador de Pernambuco
Eduardo Campos com o PT.
Em entrevista à Rádio 98FM no programa Correio da Manhã, Estela disse
que o parâmetro traçado pelo senador Cássio Cunha Lima de comparar sua
pré-candidatura a governador a do presidenciável Eduardo Campos (PSB)
não é possível.
Para ela, o PSB liderado pelo governador de Pernambuco Eduardo Campos,
pode se firmar como oposição ao Governo da presidente Dilma Rousseff
(PT), pois o PSB nunca compôs a cúpula do governo federal, nunca
governou o país, além de que se descompatibilizou a tempo de construir
um discurso de oposição.
“Não se pode fazer esse paralelo, pois o PSB de Eduardo nunca fez parte
da cúpula do governo federal, como fez o PSDB de Cássio, nunca governou
esse país, além de que Campos se descompatibilizou a tempo para
construir seu discurso e apresenta-lo ao país de um gestor nordestino
que fez muito por seu Estado. É muito difícil essa oposição na Paraíba
que esteve no governo se apresentar”, afirmou Estela.
Recentemente Estela destacou que foram os tucanos que quiseram sair da
aliança com os socialistas e afirmou que a aliança foi uma via de mão
dupla e que “sem Ricardo, Cássio não seria senador”.
Estela disse também que os tucanos sempre foram bem tratados durante os
três anos de gestão e comentou que o rompimento causa tristeza, mas
afirmou que quem pode falar sobre o assunto é o PSDB, já que partiu dele
a iniciativa de sair da gestão.
Na mesma entrevista, Estela Bezerra, contestou os dados referentes à
violência no Estado, especificamente em João Pessoa, que foram destaque
em uma reportagem do programa dominical Fantástico, na edição do último
domingo, 23. Os dados foram divulgados por uma ONG mexicana, e colocam
Campina Grande e João Pessoa entre as cidades mais violentas do mundo.
Estela argumentou que a exposição é sempre muito negativa,
principalmente porque não se concebe que três cidades do Nordeste
estejam classificadas como as mais violentas do mundo por um instituto
mexicano, sendo que, segundo ela, a Cidade do México é uma das mais
violentas do mundo devido ao tráfico de drogas.
– Sem considerar que são dados de 2010, do governo anterior, e mesmo
assim não acredito que João Pessoa esteja entre as dez cidades mais
violentas do mundo. Questiono essa estatística e não acredito na
credibilidade de um instituto que avalia dados por parâmetros que
desconhecemos, em contextos tão díspares, como é o nosso globo, que tem
países da África que vivem em guerra civil – explanou.
Para Estela, a realidade da região Nordeste é tratada com uma caricatura
discriminatória pela mídia do Sudeste.
A secretária ainda ressaltou que a segurança pública e violência urbana é
um grande desafio para qualquer gestor e para a sociedade, mas frisou
que o Estado tem apresentado números positivos.
Severino Lopes
PBAgora
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