quinta-feira, 6 de março de 2014

Estuprada e morta

Mulher é achada morta, sem roupas e amarrada, em um bar na Rocinha

Corpo de Gleice, de 18 anos, foi encontrado por policiais da UPP.
Necrópsia irá dizer causas da morte e se a mulher foi estuprada.

Daniel Silveira Do G1 Rio

Gleice Oliveira deixa um filho de 2 anos (Foto: Reprodução / Facebook)
Gleice Oliveira deixa um filho de 2 anos
(Foto: Reprodução / Facebook)
O corpo de Gleice Francisca de Oliveira, de 18 anos, foi encontrado, nu e amarrado, dentro do banheiro de um bar na Estrada da Gávea, localizado na Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (5). A jovem foi achada por um amigo, que chamou policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil vai investigar o caso.
Familiares foram ouvidos na DH e policiais realizam diligências em busca de testemunhas e imagens de câmeras de segurança. Segundo amigos, ela estava desaparecida desde a noite de segunda-feira de carnaval (2), quando saiu para se encontrar com um amigo. Ela deixa um filho de dois anos.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), para realização da necrópsia que vai apontar as causas da morte e se ela foi vítima de estupro.

Perseguida, dizem amigos
No IML, dois amigos que não quiseram se identificar disseram ao G1 que Gleice reclamava há semanas que vinha sendo seguida na comunidade por um homem desconhecido. O padrinho dela, Raimundo Evandro de Souza, 32 anos, afirmou que a família não sabia desta desconfiança.


Raimundo se mostrava indignado e disse esperar justiça. Ele cogita a possibilidade do assassino de Gleice ser um maníaco que já tenha feita outras vítimas e possa vir a cometer mais crimes semelhantes. "Tudo leva a crer que ele premeditou esse crime todo", disse.
Ainda de acordo com Raimundo, Gleice concluiu o ensino médio em 2013 e tinha planos de cursar uma universidade. A jovem seria muito caseira e muito preocupada com o filho.

O amigo que achou o corpo contou que a jovem iria se encontrar com ele na noite em que desapareceu. Os dois iriam a uma casa noturna na Rocinha. Como ela não deu notícias, ele foi até a boate, mas não a achou. Pela manhã, a mãe de Gleice ligou para ele perguntando pela filha. Preocupados, foram à delegacia prestar queixa e na terça-feira (4) começaram a espalhar cartazes com a foto dela pedindo informações sobre o seu paradeiro. Eles também postaram mensagens em redes sociais.

Suspeita
Amigos e familiares suspeitam de um homem, que teria alugado, para morar, o bar onde o corpo foi encontrado há cerca de um mês. Na manhã de terça (4), ele teria ido ao local buscar roupas e não foi mais visto. Segundo o amigo de Gleice, vizinhos relataram que ouviram uma discussão entre um homem e uma mulher, mas não deram atenção por pensarem se tratar uma briga de casal.

A amiga da vítima contou ainda que um policial que viu o corpo disse que, aparentemente, ela teria sido morta na madrugada de terça (4). Ele cogitou que ela tenha sido estrangulada pelo homem, que também teria batido a cabeça dela contra a parede do banheiro. O velório de Gleice será realizado a partir das 8h, em uma capela na Rocinha.

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