Mulher é achada morta, sem roupas e amarrada, em um bar na Rocinha
Corpo de Gleice, de 18 anos, foi encontrado por policiais da UPP.
Necrópsia irá dizer causas da morte e se a mulher foi estuprada.
Gleice Oliveira deixa um filho de 2 anos
(Foto: Reprodução / Facebook)
O corpo de Gleice Francisca de Oliveira, de 18 anos, foi encontrado, nu
e amarrado, dentro do banheiro de um bar na Estrada da Gávea,
localizado na Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro,
nesta quarta-feira (5). A jovem foi achada por um amigo, que chamou
policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da favela. A Divisão
de Homicídios da Polícia Civil vai investigar o caso.
Familiares foram ouvidos na DH e policiais realizam diligências em
busca de testemunhas e imagens de câmeras de segurança. Segundo amigos,
ela estava desaparecida desde a noite de segunda-feira de carnaval (2),
quando saiu para se encontrar com um amigo. Ela deixa um filho de dois
anos.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), para
realização da necrópsia que vai apontar as causas da morte e se ela foi
vítima de estupro.
Perseguida, dizem amigos
No IML, dois amigos que não quiseram se identificar disseram ao G1
que Gleice reclamava há semanas que vinha sendo seguida na comunidade
por um homem desconhecido. O padrinho dela, Raimundo Evandro de Souza,
32 anos, afirmou que a família não sabia desta desconfiança.
Raimundo se mostrava indignado e disse esperar justiça. Ele cogita a
possibilidade do assassino de Gleice ser um maníaco que já tenha feita
outras vítimas e possa vir a cometer mais crimes semelhantes. "Tudo leva
a crer que ele premeditou esse crime todo", disse.
Ainda de acordo com Raimundo, Gleice concluiu o ensino médio em 2013 e
tinha planos de cursar uma universidade. A jovem seria muito caseira e
muito preocupada com o filho.
O amigo que achou o corpo contou que a jovem iria se encontrar com ele
na noite em que desapareceu. Os dois iriam a uma casa noturna na
Rocinha. Como ela não deu notícias, ele foi até a boate, mas não a
achou. Pela manhã, a mãe de Gleice ligou para ele perguntando pela
filha. Preocupados, foram à delegacia prestar queixa e na terça-feira
(4) começaram a espalhar cartazes com a foto dela pedindo informações
sobre o seu paradeiro. Eles também postaram mensagens em redes sociais.
Suspeita
Amigos e familiares suspeitam de um homem, que teria alugado, para
morar, o bar onde o corpo foi encontrado há cerca de um mês. Na manhã de
terça (4), ele teria ido ao local buscar roupas e não foi mais visto.
Segundo o amigo de Gleice, vizinhos relataram que ouviram uma discussão
entre um homem e uma mulher, mas não deram atenção por pensarem se
tratar uma briga de casal.
A amiga da vítima contou ainda que um policial que viu o corpo disse
que, aparentemente, ela teria sido morta na madrugada de terça (4). Ele
cogitou que ela tenha sido estrangulada pelo homem, que também teria
batido a cabeça dela contra a parede do banheiro. O velório de Gleice
será realizado a partir das 8h, em uma capela na Rocinha.
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