São Paulo
0
x
0
Penapolense
Quartas de final
Penapolense elimina São Paulo e vai
à semifinal do Paulistão pela 1º vez
Equipe do interior faz história ao
despachar o Tricolor nos pênaltis. Atuando no Morumbi, equipe de Muricy
Ramalho joga mal e dá adeus ao estadual
Penapolense e quartas de final do Campeonato Paulista formam uma
mistura que causa calafrios nos são-paulinos. O duelo entre as duas
equipes em 2013 também foi dramático, mas o Tricolor conseguiu vencer
por 1 a 0. Nesta quarta, porém, a zebra passeou pelo Morumbi. Depois do
empate sem gols no tempo normal, o goleiro Samuel Pires pegou o pênalti
batido por Rodrigo Caio e colocou o time do interior pela primeira vez
na semifinal do estadual: 5 a 4 nas cobranças. O adversário será o
Santos, na Vila Belmiro. Este é apenas a segunda vez que o time de
Penápolis disputa a primeira divisão do Paulistão.
Rogério Ceni, Luis Fabiano, Ganso e Osvaldo marcaram para o Tricolor,
mas Rodrigo Caio parou em Samuel. Com Guaru, Petros, Washington, Douglas
Tanque e Neto, o Penapolense teve 100% de aproveitamento nas
penalidades e garantiu a vaga.
O time do interior soube defender com precisão, mas o São Paulo voltou a
jogar mal. Em 90 minutos, o anfitrião criou apenas uma chance, em chute
de longe da Ganso. O baixo rendimento do meia, aliás, travou o Tricolor
ofensivamente. Osvaldo correu enquanto teve fôlego. No mais,
cruzamentos para a área sem nenhum perigo.
O São Paulo agora volta a jogar no dia 9 de abril, às 22h (de
Brasília), no Morumbi, contra o CSA, no Morumbi, pelo segundo jogo da
primeira fase da Copa do Brasil. Com a vitória por 1 a 0 partida de ida,
o Tricolor joga por um empate para se classificar.
Luis Fabiano tenta marcar, mas para no goleiro Samuel (Foto: Mauro Horita / Globoesporte.com)
Truncado
Osvaldo deu trabalho à zaga do Penapolense
(Foto: Mauro Horita / Globoesporte.com)
O Penapolense parece ter a receita ideal para dificultar a vida do São
Paulo no Morumbi. O Tricolor não teve dificuldades para controlar o jogo
desde o início do primeiro tempo, mas quase não assustou. Pressionar,
então, muito menos. Pouco para quem vinha crescendo no Campeonato
Paulista e chegava ao mata-mata como um dos favoritos ao título.
Muricy Ramalho concentrou o jogo pelos lados. E com razão. Narciso
montou o Penapolense recuado e com o meio de campo bastante fechado.
Osvaldo foi o melhor são-paulino, com belas jogadas em velocidade. Do
outro lado, pela direita, Douglas lutou como de costume, aplicou até
chapéu, mas Pabón não colaborou para abrir a zaga rival.
Com a forte marcação pelo meio, Ganso sumiu. E o time sentiu. O
Tricolor se resumiu a chegar à linha de fundo e cruzar para Luis
Fabiano, preso entre os zagueiros. O camisa 10 só acordou aos 25
minutos, quando chutou de longe e Samuel segurou no canto esquerdo. Foi a
única chance são-paulina. Pelo Penapolense, Douglas Tanque assustou com
finalização que quase acertou o ângulo direito de Rogério Ceni.
Paulo Henrique Ganso tenta em chute de longe. Sem sucesso (Foto: Mauro Horita / Globoesporte.com)
Segundo tempo
A expectativa de uma enorme pressão do São Paulo no segundo tempo não
se confirmou. Ao contrário. O Tricolor voltou dos vestiários em ritmo
lento, facilmente marcado e pouco criativo. Isso permitiu até que o
Penapolense se arriscasse e aproveitasse os espaços pelo meio. Petros
pediu pênalti após disputar a bola com Douglas na área, mas foi ignorado
pela arbitragem. Em seguida, Alex Créu obrigou Ceni a fazer ótima
defesa.
Era o que faltava para a torcida se irritar. A mesma que gritava "time
de guerreiros" antes da partida, passou a bradar "raça" nas
arquibancadas. Muricy entrou no embalo e decidiu mexer na equipe,
colocando Ademilson no lugar de Pabón. Mudou pouco. O São Paulo voltou a
controlar a partida, mas não deixou de levar sustos na defesa e quase
nada construiu no ataque.
Nos últimos 15 minutos, o Tricolor entrou em desespero em busca do gol.
Quando conseguiu espaço e acertar uma sequência de passes, esbarrou na
arbitragem. Luis Fabiano sairia de frente para Samuel, mas o assistente
marcou impedimento erradamente. Já nos acréscimos, a única chance do
segundo tempo. Ademilson, tão criticado por Muricy por errar nas
finalizações, mandou a bola nas arquibancadas.
Na decisão por pênaltis, o Penapolense levou a melhor. Não errou
nenhuma vez e venceu por 5 a 4, com gols de Guaru, Petros, Washington,
Douglas Tanque e Neto. Rodrigo Caio foi quem desperdiçou pelo lado
tricolor (Rogério Ceni, Luis Fabiano, Ganso e Osvaldo marcaram os seus).
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