Dia do Comediante
Apesar
de o humor ser largamente estudado, teorizado e discutido por filósofos e
outros, permanece extraordinariamente difícil de definir, quer na sua vertente
psicológica quer na sua expressão, como forma de arte e de pensamento.
A
ironia é uma simulação subtil de dizer uma coisa por outra. A ironia não pretende
ser aceite, mas compreendida e interpretada. Para Sócrates, a ironia é uma
espécie de docta ignorantia, ou seja, ignorância fingida que questiona sabendo
a resposta e orientando-a para o que quer que esta seja.
Em
Aristóteles e S. Tomás de Aquino, a ironia não passa de uma forma de obtenção
de benevolência alheia pelo fingimento de falta de méritos próprios.
A
partir de Kant, assentando na ideia idealista, a ironia passa a ser considerada
alguma coisa aparente, que como tal se impõe ao homem vulgar ou distraído.
Corrosiva
e implacável, a sátira é utilizada por aqueles que demonstram a sua capacidade
de indignação, de forma divertida, para fulminar abusos, castigar, rindo,
os costumes, denunciar determinados defeitos, melhorar situações aberrantes,
vingar injustiças. Umas vezes é brutal, outras mais subtil.

Pode-se,
assim, concluir que o humor é a mais subjetiva categoria do cómico e a mais
individual, pela coragem e elevação que pressupõe.
Logo,
o que o distingue das restantes formas do cómico é a sua independência em
relação à dialéctica e a ausência de qualquer função social. Trata-se, portanto,
de uma categoria intrinsecamente enraizada na personalidade, fazendo parte
dela e definindo-a até.
Fonte: tendanonstop.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário