Cabo do Bope acusado de tentar matar ex-companheira entrega pistola para perícia

O
cabo do Bope José Adriano de Souza — acusado pela família da guarda
municipal Juliana da Silva Roos, de 25 anos, de ter tentado matá-la —
entregou sua pistola para a perícia. Hoje, o delegado-adjunto da 34ª DP
(Bangu), Renato Bezerra Carvalho, irá analisar se pedirá a prisão do PM.
Em depoimento ontem, José negou o crime e disse que tem quatro
testemunhas que estavam com ele no momento em que Juliana levou cinco
tiros, quando passava pela Estrada do Taquaral, na Vila Aliança, no
domingo.
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Juliana continua internada em um hospital da Zona Oeste do Rio Foto: Terceiro/Agência O Globo |
De
acordo com a mãe da vítima, a dona de casa Heloísa Pereira da Silva, de
43 anos, não há dúvidas para a família de que o cabo foi o responsável
pelos disparos, que atingiram a guarda nos ombros, mão, tórax, e fêmur.
Ela continua internada no CTI de um hospital na Zona Oeste.

Ainda
segundo Heloísa, o casal se conheceu em uma boate, em Copacabana, há
cerca de seis anos. Na época, o PM era casado e morava com a família no
bairro. A partir de então, os dois começaram a se relacionar, ele largou
a mulher, e, de lá para cá, moraram juntos em três apartamentos.
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O cabo do Bope José Adriano de Souza entregou a arma na 34ª DP, nesta terça-feira Foto: Terceiro / Agência O Globo |
A
primeira crise entre Juliana e José teria ocorrido em fevereiro do ano
passado. Durante o carnaval, o cabo teria conhecido uma mulher e dito
para a companheira que queria um tempo para “curtir o romance”. A guarda
voltou para a casa da mãe e, dias depois, descobriu que estava grávida.
Quando contou a novidade ao PM, ele teria mandado ela abortar o bebê e o
casal continuou separado. Na mesma época, Juliana perdeu a criança.
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Ela estava separada do ex-companheiro desde novembro de 2013 Foto: Terceiro / Agência O Globo |
Meses
depois, eles reataram e, em novembro, terminaram novamente. Desde
então, Juliana mandava mensagens para ele. Na tarde do último sábado,
Heloisa conta que a filha recebeu uma ameaça velada do ex-companheiro.
Ele teria escrito, num SMS: “Se olha no espelho, foca no que está vendo e
pede ajuda a Deus”. A PM também investiga a postura do militar.
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