CONTRASTE: principal padrinho político dá aumento para funcionalismo, provoca reação e deixa Ricardo numa verdadeira ‘saia justa’

Mesmo com o impasse envolvendo a votação da LOA (Lei Orçementária) na Assembleia Legislativa,
Coutinho sabe que o assunto deverá ganhar ampla repercussão no meio
político local e os movimentos no vizinho socialista pernambucano só
aumentam as especulações.
Em sua primeira entrevista
coletiva do ano, o governador Eduardo Campos (PSB), anunciou, nesta
quinta (2), um reajuste de 8,32% no piso salarial dos 52 mil professores
da rede estadual de ensino, a partir de janeiro. O sindicato da
categoria contestou o percentual, classificando-o como um “golpe
perverso e eleitoreiro” e avisou que os professores vão se mobilizar e
reagir, pois o aumento deveria ser de 15%.
“Estou encaminhando projeto
de lei à Assembleia Legislativa, que deverá apreciá-lo após o recesso,
em fevereiro, quando os professores receberão também a diferença
retroativa a janeiro”, explicou o governador, durante a entrevista, na
sede provisória do governo, no Centro de Convenções, em Olinda. “O
percentual tembase nas determinações do Ministério da Educação e em
negociações com o sindicato da categoria.”

Com o aumento, os profissionais de magistério terão o salário elevado
de R$ 1.567,66 para R$ 1.698,09 e os de licenciatura plena passarão dos
atuais R$ 1.646,04 para R$ 1.782,99, podendo chegar, ao final da
carreira, a R$ 4,4 mil. Conforme Campos, haverá um impacto de R$ 144
milhões na folha salarial.
O LADO DA PARAÍBA: Em entrevista, o governador
Ricardo Coutinho (PSB) assegurou que o funcionalismo público estadual
terá reajuste salarial neste ano, mas ponderou que o valor deverá
atender a situação financeira do estado. “O reajuste será feito de
acordo com o tamanho da capacidade do estado e quem diz essa capacidade
não sou eu, essa capacidade é pública,está no Tribunal de Contas do
Estado, porque caso contrário, o estado fica ilegal e coloca o governo
na ilegalidade e isso significa dizer que empréstimos ou financiamentos
para hospitais, estradas não poderão ser feitos. Eu não posso fazer
coisas que o estado não possa pagar. Eu dou o máximo que posso e isso
está sendo estudado”, ponderou Ricardo Coutinho prevendo uma reação
adversa dos professores quando anunciar o percentual de reajuste.
Mesmo com realidades diferentes, as expectativas dos professores
pernambucanos e paraibanos é a mesma, afinal de contas, a gestão de
Ricardo tem no Governo Eduardo Campos um modelo a ser seguido e que será
abraçado nas próximas eleições visando a disputa presidencial.
Ricardo terá nos próximos dias o primeiro desafio de 2014: buscar
oferecer um percentual que não frustre o funcionalismo público, pois
Epicuro bem pregava “O impossível reside nas mãos inertes daqueles que
não tentam!”
Henrique Lima
PB Agora
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