Prefeito tem três contas reprovadas na mesma sessão do TCE
O
Tribunal de Contas da Paraíba, reunido extraordinariamente nesta
quinta-feira (19), emitiu parecer contrário à aprovação das contas de
2010, 2011 e 2012 do prefeito de São José da Lagoa Tapada, Evilásio
Formiga Lucena Neto, a quem impôs débitos que somaram, nos dois
primeiros exercícios, cerca de R$ 97 mil, em razão, notadamente, de
empréstimos consignados em folhas de pagamento sem comprovação do recebimento por servidores municipais.
O problema de maior gravidade com o exercício de 2012 residiu no
descumprimento de obrigações patronais com o Instituto Próprio de Previdência
de São José da Lagoa Tapada. Os votos do relator dos três processos
André Carlo Torres Pontes sofreram a divergência do conselheiro Fernando
Catão nos casos dos exercícios de 2010 e 2012 do prefeito do município,
que ainda pode recorrer das três decisões.
Aplicações insuficientes em Manutenção e Desenvolvimento
do Ensino (MDE), não recolhimento de contribuições previdenciárias e
despesas sem licitação acarretaram a reprovação das contas de 2011 do
ex-prefeito de Juru, José Orlando Teotônio.
Desaprovadas na sessão anterior, por falhas que incluíram restos a pagar
e não recolhimento de contribuições previdenciárias, as contas oriundas
do município de Malta foram do ex-prefeito Ajácio Gomes Wanderley e não
do prefeito Manoel Benedito de Lucena Filho, como inicialmente
informado.
O prefeito de Santa Cruz, Raimundo Antonio Batista, respondeu por restos
a pagar e teve desaprovadas as contas de 2012. Para estes casos também
cabem recursos.
Houve aprovação às contas anuais do prefeito de São José de Princesa
(Luís Ferreira de Morais, 2011) e às dos ex-prefeitos de Campina Grande
(Veneziano Vital do Rego Segundo Neto, 2011), Aparecida (Deusimar Pires
Ferreira, 2012), Vieirópolis (Marcos Pereira de Oliveira, 2012), Sobrado
(Célia Maria de Oliveira Melo, 2012) e Mato Grosso (Katsonara Soares de
Andrade, 2012).
O TCE negou provimento a recurso com o qual a União Brasileira de Apoio
aos Municípios pedia a revogação, até o julgamento do mérito do
processo, da medida cautelar suspensiva da contribuição de 132
Prefeituras, nos termos do voto do relator André Carlo Torres Pontes
aprovado na sessão plenária do último dia 10.
Os processos constantes da pauta de julgamentos representaram
movimentação de recursos da ordem de R$ 646.102.384,16. Participaram da
sessão plenária, conduzida pelo presidente Fábio Nogueira, os
conselheiros Umberto Porto, Arnóbio Viana, Fernando Catão, Nominando
Diniz e André Carlo Torres Pontes. Ainda, os auditores Antonio Cláudio
Silva Santos, Marcos Costa e Renato Sérgio Santiago Melo. O Ministério
Público esteve representado pela procuradora Elvira Samara Pereira de
Oliveira.
Redação com Assessoria
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