Mãe de Loanne diz não acreditar que padrasto tenha planejado o crime
Mãe de Loanne Rodrigues, Sandra Rodrigues da Silva,
37, tenta se recuperar do choque. A hipótese levantada pela polícia, de
que Joaquim teria premeditado o assassinato da garota e o próprio
homicídio, é vista com receio. Sandra defende que a relação dos dois era
de pai e filha. Ela diz que tem sido duro lidar com as perdas. "Ela era
uma pessoa muito doce e meiga. Eu a chamava de minha vida. Nós éramos
companheiras. Esta semana mesmo, estava supercarinhosa: me beijou e
abraçou", lembra.

A
rotina aparentemente tranquila de Loanne teve dois episódios marcantes,
em dias de festividade do município goiano. O primeiro ocorreu em maio
de 2012, época da Festa do Divino. Quando a jovem chegava em casa, por
volta das 21h, uma pessoa a agrediu com uma paulada, em frente ao
portão. Devido ao ferimento na cabeça, Loanne ficou internada e teve de
receber 37 pontos.
A
família fez o registro da ocorrência na delegacia da cidade, mas o
agressor nunca foi descoberto. Dias após o fato, quando já estava em
casa se recuperando dos ferimentos, Loanne recebeu uma carta anônima com
várias ameaças de morte.
TRECHO DA CARTA
"Seu dia chegará"
"Estou
chegando em Pirenópolis, desta vez é pra ficar. Como você tem sorte de
não ter morrido, desta vez o seu padrasto maldito não vai estar por
perto. Vou estar sempre perto de você em toda festa. Não vou dar muita
dica, sua falsa traidora. Tanto homem solteiro pra você não basta. O
inferno te espera. Você nem imagina quem eu sou. Posso te levar pra onde
eu quiser. Seu amigo vai levar você até mim. Me aguarde. Seu dia
chegará."
INVESTIGAÇÃO
Loanne
foi encontrada morta na terça-feira (17/12), no Morro do Frota, ponto
turístico de Pirenópolis. Ela estava amarrada a uma árvore junto com o
padrasto. Ambos estavam com ferimentos na barriga e alguns órgãos
estavam do lado de fora do corpo.
A
principal linha de investigação da polícia é de que os dois tenham sido
mortos após uma explosão de dinamite provocada por Joaquim. A mãe de
Loanne, Sandra Rodrigues da Silva, prestou depoimento na quarta-feira
(18/12) e afirmou que não acredita que o marido, com quem foi casada
durante sete anos, tenha sido o responsável pelo crime.
DEPOIMENTO DE SANDRA
"Quero
que investiguem para saber se realmente foi ele (Joaquim Lourenço).
Estou decepcionada. Minha filha e ele encontrados desse jeito Minha vida
desmoronou. Desde o dia em que ela desapareceu, estou sem comer e sem
dormir. Não quero acreditar que seja ele porque cuidava muito bem da
minha filha. Tinha ciúmes dela, mas eram ciúmes de pai, ficava
preocupado. Às vezes, achava um pouco exagero, mas nunca questionei. E
ela gostava dele porque ele a ajudava nos empregos e estudos. Ele não
era agressivo nem fazia mal a ela, até porque gostava dela. E, quando a
gente gosta, não faz um mal desse."
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(Foto: Arquivo de família)
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