sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O crime de Pirenópolis - Goiás

Mãe de Loanne diz não acreditar que padrasto tenha planejado o crime

Mãe de Loanne Rodrigues, Sandra Rodrigues da Silva, 37, tenta se recuperar do choque. A hipótese levantada pela polícia, de que Joaquim teria premeditado o assassinato da garota e o próprio homicídio, é vista com receio. Sandra defende que a relação dos dois era de pai e filha. Ela diz que tem sido duro lidar com as perdas. "Ela era uma pessoa muito doce e meiga. Eu a chamava de minha vida. Nós éramos companheiras. Esta semana mesmo, estava supercarinhosa: me beijou e abraçou", lembra.

A rotina aparentemente tranquila de Loanne teve dois episódios marcantes, em dias de festividade do município goiano. O primeiro ocorreu em maio de 2012, época da Festa do Divino. Quando a jovem chegava em casa, por volta das 21h, uma pessoa a agrediu com uma paulada, em frente ao portão. Devido ao ferimento na cabeça, Loanne ficou internada e teve de receber 37 pontos.

A família fez o registro da ocorrência na delegacia da cidade, mas o agressor nunca foi descoberto. Dias após o fato, quando já estava em casa se recuperando dos ferimentos, Loanne recebeu uma carta anônima com várias ameaças de morte.

TRECHO DA CARTA

"Seu dia chegará"
"Estou chegando em Pirenópolis, desta vez é pra ficar. Como você tem sorte de não ter morrido, desta vez o seu padrasto maldito não vai estar por perto. Vou estar sempre perto de você em toda festa. Não vou dar muita dica, sua falsa traidora. Tanto homem solteiro pra você não basta. O inferno te espera. Você nem imagina quem eu sou. Posso te levar pra onde eu quiser. Seu amigo vai levar você até mim. Me aguarde. Seu dia chegará."

INVESTIGAÇÃO

Loanne foi encontrada morta na terça-feira (17/12), no Morro do Frota, ponto turístico de Pirenópolis. Ela estava amarrada a uma árvore junto com o padrasto. Ambos estavam com ferimentos na barriga e alguns órgãos estavam do lado de fora do corpo.
A principal linha de investigação da polícia é de que os dois tenham sido mortos após uma explosão de dinamite provocada por Joaquim. A mãe de Loanne, Sandra Rodrigues da Silva, prestou depoimento na quarta-feira (18/12) e afirmou que não acredita que o marido, com quem foi casada durante sete anos, tenha sido o responsável pelo crime.

DEPOIMENTO DE SANDRA

"Quero que investiguem para saber se realmente foi ele (Joaquim Lourenço). Estou decepcionada. Minha filha e ele encontrados desse jeito Minha vida desmoronou. Desde o dia em que ela desapareceu, estou sem comer e sem dormir. Não quero acreditar que seja ele porque cuidava muito bem da minha filha. Tinha ciúmes dela, mas eram ciúmes de pai, ficava preocupado. Às vezes, achava um pouco exagero, mas nunca questionei. E ela gostava dele porque ele a ajudava nos empregos e estudos. Ele não era agressivo nem fazia mal a ela, até porque gostava dela. E, quando a gente gosta, não faz um mal desse."

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(Foto: Arquivo de família)

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