Anúncio do anjo Gabriel e nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus se deu por volta de dois anos antes da morte do Rei Herodes, denominado "o Grande", ou seja, considerando que este morreu em 4 AEC[desambiguação necessária], então Jesus só pode ter nascido em 6 AEC. Segundo a Bíblia, antes de morrer, Herodes mandou matar os meninos de Belém até aos 2 anos, de acordo com o tempo que apareceu a "estrela" aos magos. (Mateus 2:1, 16-19 - Era seu desejo se livrar de um possível novo "rei dos judeus").
Ainda, segundo a Bíblia, antes do nascimento de Jesus, o imperador Octávio César Augusto decretou que todos os habitantes do Império fossem se recensear, cada um à sua cidade natal. Isso obrigou José a viajar de Nazaré (na Galileia) até Belém
(na Judeia), a fim de registar-se com Maria, sua esposa. Deste modo,
fica claro que não seria um recenseamento para fins tributários.
"Este primeiro recenseamento" fora ordenado quando o cônsul Públio Sulplício Quirín' "era governador [em grego: hegemoneuo] da província romana da Síria." (Lucas 2,1-3 - O termo grego hegemoneuo
vertido por "governador", significa apenas "estar liderando" ou "a
cargo de". Pode referir-se a um "governador territorial", "governador de
província" ou "governador militar". As evidências apontam que nessa
ocasião, Quiríno fosse um comandante militar em operações na província
da Síria, sob as ordens directas do Imperador.
Sabe-se que os governadores da Província da Síria durante a parte final do governo do Rei Herodes foram: Sentio Saturnino (de 9 AEC a 6 AEC), e o seu sucessor, foi Quintilio Varo. Quirínio só foi Governador da Província da Síria, em 6 EC. O único recenseamento relacionado a Quirínio, documentado fora dos Evangelhos, é o referido pelo historiador judeu Flávio Josefo como tendo ocorrido no início do seu governo (Antiguidades Judaicas), Vol. 18, Cap. 26). Obviamente, este recenseamento não era o "primeiro recenseamento".
A viagem de Nazaré a Belém - distância de uns 150 km - deveria ter
sido muito cansativa para Maria que estava em adiantado estado de
gravidez. Enquanto estavam em Belém, Maria teve o seu filho primogénito.
Envolveu-o em faixas de panos e o deitou em uma manjedoura, porque não
havia lugar disponível para eles no alojamento [isto é, não havia
divisões disponíveis na casa que os hospedava; em gr. tô kataluma, em lat. in deversorio].
Maria necessitava de um local tranquilo e isolado para o parto (Lucas
2:4-8). Lucas diz que no dia do nascimento de Jesus, os pastores estavam
no campo guardando seus rebanhos "durante as vigílias da noite". Os
rebanhos saíam para os campos em Março e recolhiam nos princípios de
Novembro.
A vaca e o jumento junto da manjedoura conforme representado nos
presépios, resulta de uma simbologia inspirada em Isaías 1:3 que diz: "O
boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas
Israel não têm conhecimento, o meu povo não entende". Não há nenhuma
informação fidedigna que prove que havia animais junto do recém-nascido
Jesus. A menção de "um boi e de um jumento na gruta" deve-se também a
alguns Evangelhos Apócrifos.
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