Não foi identificado motivo econômico justo e razoável capaz de explicar a explosão de rentabilidade observada pela empresa
A pedido do Ministério Público Federal em Goiás, a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE/MF) elaborou nota técnica sobre as atividades econômicas – em especial sobre a captação de recursos de terceiros e oferta de investimentos – da Embrasystem – Tecnologia em Sistemas, Importação e Exportação Ltda e da Bbrasil Organizações e Métodos.
As conclusões da nota apenas corroboram a tese inicial defendida pelo MPF. A SEAE/MF é categórica ao afirmar que o negócio empreendido pela BBOM “é insustentável no longo prazo”. Isso porque a SEAE não identificou motivo econômico justo e razoável capaz de explicar a explosão de rentabilidade observada pela BBOM, bem como verificou a própria inviabilidade do negócio, resumida na absurda promessa de ganhos estratosféricos, muito acima dos ganhos auferidos na concorrência. Como bem ressaltou a SEAE, “a estrutura de negócios promovida pela Embrasystem (BBOM) não encontra paralelo em quaisquer outras empresas atuantes no seu ramo de negócios”.
“O intricado estudo da SEAE/MF é mais uma prova cabal da prática de pirâmide financeira pela BBOM”, avaliaram os procuradores da República Mariane Guimarães e Helio Telho. “Em nenhum momento as provas produzidas pelo Ministério Público vacilaram em apontar o esquema fraudulento desenvolvido pelos réus. Esse estudo técnico da SEAE não poderia ser diferente”, arremataram os procuradores.
A nota técnica foi apresentada ao Juízo da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás. Por oportuno, os procuradores da República ratificaram os termos da ação cautelar e da ação civil pública, e confiam na procedência integral dos pedidos com o objetivo maior de encerrar as atividades da empresa e evitar novos danos aos consumidores.
Fonte: MPF
Nenhum comentário:
Postar um comentário