Dia da Música Popular Brasileira
A Música Popular Brasileira (mais conhecida como MPB) é
um gênero musical brasileiro. Apreciado principalmente pelas classes médias
urbanas do Brasil, a MPB surgiu a partir de 1966, com a segunda geração da
Bossa Nova.
Na prática, a sigla MPB anunciou uma fusão de dois movimentos musicais até
então divergentes, a Bossa Nova e o engajamento folclórico dos Centros Populares
de Cultura da União Nacional dos Estudantes, os primeiros defendendo a sofisticação
musical e os segundos, a fidelidade à música de raiz brasileira.
Seus propósitos se misturaram e, com o golpe de 1964, os dois movimentos
se tornaram uma frente ampla cultural contra o regime militar, adotando a
sigla MPB na sua bandeira de luta.
Depois, a MPB passou abranger outras misturas de ritmos como a do rock e
o samba, dando origem a um estilo conhecido como samba-rock, a do música pop
e do Samba, tendo como artistas famosos Gilberto Gil, Chico Buarque e outros
e no fim da década de 1990 a mistura da música latina influenciada pelo reggae
e o samba, dando origem a um gênero conhecido como Swingue.
Apesar de abrangente, a MPB não deve ser confundida com Música do Brasil,
em que esta abarca diversos gêneros da música nacional, entre os quais o baião,
a bossa nova, o choro, o frevo, o samba-rock, o forró, o Swingue e a própria
MPB.
História
História
A MPB surgiu exatamente em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero renovador
na música brasileira surgido na segunda metade da década de 1950. Influenciado
pelo jazz norte-americano, a Bossa Nova deu novas marcas ao samba tradicional.
Mas já na primeira metade da década de 1960, a bossa nova passaria por transformações
e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chegaria ao fim
já na segunda metade daquela década.
Uma canção que marca o fim da bossa nova e o início daquilo que se passaria
a chamar de MPB é Arrastão, de Vinícius de Moraes (um dos precursores da Bossa)
e Edu Lobo (músico novato que fazia parte de uma onda de renovação do movimento,
marcada notadamente por um nacionalismo e uma reaproximação com o samba tradicional,
como de Cartola).
Arrastão foi defendida, em 1965, por Elis Regina no I Festival de Música
Popular Brasileira (TV Excelsior, Guarujá-SP). A partir dali, difundiriam-se
artistas novatos, filhos da Bossa Nova, como Geraldo Vandré, Taiguara, Edu
Lobo e Chico Buarque de Hollanda, que apareciam com freqüência em festivais
de música popular.
Bem-sucedidos como artistas, eles tinham pouco ou quase nada de bossa nova.
Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, (São Paulo em 1966),
Disparada, de Geraldo, e A Banda, de Chico, podem ser consideradas marcos
desta ruptura e mutação da Bossa para MPB.
Era o início do que se rotularia como MPB, um gênero difuso que abarcaria
diversas tendências da música brasileira durante as décadas seguintes.
A MPB começou com um perfil marcadamente nacionalista, mas foi mudando e
incorporando elementos de procedências várias, até pela pouca resistência,
por parte dos músicos, em misturar gêneros musicais.
Esta diversidade é até saudada e uma das marcas deste gênero musical. Pela
própria hibridez é difícil defini-la.
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