Uma antropóloga que passou seis anos trabalhando como uma stripper, como parte de uma pesquisa sobre casas de striptease chegou à conclusão de que, ao contrário do que se possa imaginar, estes estabelecimentos podem ser a salvação para alguns casamentos. Com informações do site do jornal britânico Daily Mail.
Katherine Frank, que mora em Washington, entrevistou 30 dos
seus clientes regulares em diversas casas que ela trabalhou. Com base
nesta pesquisa, escreveu o livro G-Strings and Simpathy: Strip Club
Regulars and Male Desire, que fala sobre a relação entre as dançarinas e
seus clientes. A publicação é uma adaptação de sua dissertação do PhD.
Ela derruba o mito de que o striptease causa ideias pouco
realistas da imagem do corpo, afirmando que os homens têm uma ampla gama
de gostos quando o assunto é o corpo feminino – muito mais ampla do que
as mulheres acreditam.
No entanto, a antropóloga afirmou que ainda não simpatiza com
a ideia de que o próprio marido visite casas de striptease com
frequência, alegando que este é um hobby muito caro
Em entrevista à revista Salon, ela explicou como um dos
capítulos do livro – que fala sobre casamento, monogamia e fantasias –
contradiz a crença popular de que a intimidade de um casal pode ser
afetada por estes clubes. “Para o homem que diz que é apaixonado pela
mulher e quer permanecer casado, o que acontece nos clubes é
transgressivo e real o suficiente para ser excitante, mas ainda é uma
fantasia”.
Assumidamente feminista, Katherine disse que se tornou
simpática aos frequentadores das casas de striptease. “Percebi que eles
foram prejudicadas pela cultura machista também. Eles se sentem
repulsivos, sentiam que suas mulheres nunca poderiam aceitar seus
desejos ou que nunca poderiam pedir conselhos sobre sexo, porque
deveriam, de alguma forma, saber de tudo”, observou.
Ela acrescentou ainda que para alguns homens há conflito
entre os traços masculinos tradicionais e a necessidade de uma maior
presença emocional. “Eles também ficam confusos pelo desejo da mulher de
ser chamada de bela, mas não de ser vista como um objeto”, pontuou.
Quanto ao ato de se tornar uma stripper, Frank notou que a
prática trouxe mais autoconfiança e também afetou sua atitude, de
maneira positiva, em relação ao seu próprio corpo. Principalmente porque
ela descobriu que os homens têm um conjunto de valores maior sobre o
que constitui um corpo feminino bonito e sexy do que as próprias
mulheres.
Escrito por TERRA
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