Virgulino Ferreira da Silva
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Lampião e Maria Bonita |
Nascimento: | 4 de Junho de 1898 Serra Talhada, PE |
Morte: | 28 de julho de 1938 (aos 40 anos) Fazenda Angicos, Poço Redondo, |
Biografia
Há grande controvérsia sobre a data de nascimento de Lampião. As mais citadas são:
- 7 de julho de 1897: data do Registro Civil.
- 4 de junho de 1898: É a data citada em sua Certidão de Batismo, uma das mais citadas na literatura de cordel. A data de seu Batismo é geralmente aceita por muitos devido ao costume das regiões do semiárido de se batizar as crianças primeiro e apenas registrá-las tempos depois, devido a um misto de religiosidade e desconfiança em relação ao poder civil constituído e a um "enquadramento administrativo" por parte deste.
- 12 de fevereiro de 1900: Data dada, segundo Antônio Américo de Medeiros, pelo próprio Lampião em entrevista ao escritor cearense Leonardo Mota, em 1926, no Juazeiro do Norte.
A questão de sua data de nascimento torna-se ainda mais relevante no
contexto em que se instituem datas comemorativas em seu nome, como o "Dia do Xaxado, projeto da Câmara Municipal de Serra Talhada que escolheu a data de 7 de julho, o que corresponde ao seu registro civil.
Vida
Nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada, no semiárido do estado de Pernambuco, foi o terceiro filho de José Ferreira da Silva e Maria Lopes de Oliveira. O seu nascimento só foi registrado no dia 7 de agosto de 1900.
Até os 21 anos de idade ele trabalhava como artesão, era alfabetizado e
usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a
região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de
seu apelido é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que o cano aquecia tanto que brilhava dando a aparência de um lampião.
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Lampião |
Durante os 20 anos seguintes (começou aos 21 anos), Lampião viajou
com seu bando de cangaceiros, que nunca ultrapassou o número de 50
homens, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias,
casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com
espinhos típicos da vegetação caatinga.
Para proteger o "capitão", como Lampião era chamado, todos usavam
sempre um poder bélico potente. Como não existiam contrabandos de armas
para se adquirir, em sua maioria eram roubadas da polícia e unidades
paramilitares. A espingarda Mauser
e uma grande variedade de pistolas semiautomáticas e revólveres também
eram adquiridos durante confrontos. A arma mais utilizada era o rifle Winchester.
Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete
estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas,
mutilações, estupros e saques. Entretanto para muitas pessoas,
especialmente no Nordeste, tem-se imagem de que Lampião era como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.
Era devoto de Padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, no ano de 1926, em Juazeiro do Norte.
Sua namorada, Maria Gomes de Oliveira, conhecida como Maria Bonita, juntou-se ao bando em 1930
e, assim como as demais mulheres do grupo, vestia-se como um cangaceiro
e participou de muitas das ações do bando. Virgulino e Maria Bonita
tiveram uma filha, Expedita Ferreira, nascida em 13 de setembro de 1932.
Há ainda a informação controversa de que eles tiveram mais dois filhos:
os gêmeos Ananias e Arlindo Gomes de Oliveira, mas nunca foi comprovada
a verdade dos fatos, além de outros dois natimortos.
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