Amizade de Parreira com ex-treinador aproximou Scolari de Zagallo também nas palavras
Luiz Felipe Scolari está a uma frase de efeito
como “Vocês vão ter de me engolir” de personificar por completo no atual
comando da seleção brasileira a figura de Mario Jorge Lobo Zagallo.
Citado por Felipão após a vitória contra o Uruguai na quarta-feira
, que levou sua equipe para a final da Copa das Confederações
, Zagallo ficou famoso por colocar o sentimento pelo Brasil acima de qualquer outra emoção. Felipão segue pelo mesmo caminho.
O técnico não precisa ser perguntado sobre torcida ou
sobre cidades por onde passa para, no meio de explanação sobre qualquer
outro assunto, fazer uma interrupção para fazer elogios e exaltar o
sentimento que para Felipão tem unido time e fãs.
“Quem nos colocou foi a torcida. Ela nos deixa mais
fortes a cada momento de felicidade. Belo Horizonte é mais uma cidade na
nossa rota para os jogos da Copa que nos deixa muito felizes. Foi
Fortaleza, Salvador, Brasília, agora voltamos para o Rio. Belo Horizonte
nos recebeu de uma forma que nem imaginávamos. É isso que precisa. Esse
compromisso de apoiar a seleção”, disse o técnico, vaiado no Mineirão
em abril após empate com o Chile em 2 a 2.
As palavras de Felipão se assemelham muito ao que dizia
Zagallo, muito amigo de Carlos Alberto Parreira, hoje coordenador da
seleção. Felipão se aproximou do velho Lobo por conta dessa amizade.
Zagallo e Parreira trabalharam juntos da Copa de 1994, ano do quarto
título brasileiro, e também em 2006. Zagallo ainda foi técnico entre
1995 e 1998.
Nesse período, em 1997, após a conquista da Copa América,
Zagallo soltou a frase famosa “Vocês vão ter de me engolir” para os
críticos de seu trabalho. Agora Felipão, numa postura parecida, pede
para que todos se unam em torno da seleção e ignorem quaisquer problemas
em torno dela. Felipão criticou uma emissora de TV, sem revelar qual é,
por não abraçar a seleção.
“Uma TV que joga contra o Brasil e induz o arbitro e diz
que nosso time bate. Está na hora de juntarmos esforços para o Brasil e
não contra o Brasil”, disse, rebatendo críticas que profissionais da
emissora fizeram ao trabalho do técnico.
Zagallo era parecido. A “amarelinha”, seu xodó, sempre
esteve em primeiro plano. Felipão, seguindo o exemplo do amigo, quer que
o apoio à seleção venha até quando o time não jogar.
“Está muito bonito de ver. Cantam o hino depois de parar a
música, empolgados. Vibrando e participando. É assim tem de ser. Mesmo
não jogando bem. Essa é a ideia de torcemos para a seleção. Agora com
quatro vitórias seguidas é dar continuidade todos juntos com a seleção”,
comentou o treinador.
Blog De Olho na Copa
: Um time de estrelas
A proximidade entre Felipão e Zagallo é tão grande, que o
13, número da sorte de Zagallo, também foi adotado por Felipão. Pós
jogo lembrou que Brasil e Uruguai fizeram o 13º jogo da Copa das
Confederações. “Hoje a gente não perderia de jeito nenhum”, brincou.
A delegação da seleção brasileira chega ao Rio nesta
quinta-feira. Zagallo, de 81 anos, mora lá. E será um dos convidados
para a final no Maracanã. Para Felipão isso é sinal de boa sorte
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