Hipertensão mata duas pessoas por dia na PB.
Embora
os números de mortes ocasionadas por hipertensão arterial tenha
reduzido nos últimos dois anos, passando de 1.361 em 2011 para 1.234 em
2012, representando uma queda de 9,3%, a doença ainda é preocupante para
os profissionais da saúde.
Nos
três primeiros meses deste ano, a hipertensão já matou 219 pessoas na
Paraíba, com idades entre 30 anos e mais de 80, ou seja, uma média de 73
mortes por mês ou ainda 2,4 óbitos por dia.
As informações foram repassadas pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).
Os
dados revelam que a redução de mortes também foi registrada no primeiro
trimestre do ano passado para o atual, já que, de janeiro a março de
2012, foram contabilizados 287 casos e, no mesmo período deste ano, o
número caiu para 219, o que significa uma baixa de 23,6%. As
estatísticas mostram ainda que a maior incidência ocorre com pessoas com
80 anos de idade ou mais. Do total de mortes registradas no três
primeiros meses deste ano, 106 delas foram de idosos dessa faixa etária,
quase a metade (48,4%) dos casos.
Para
a coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da
SES, Gerlane Carvalho, a diminuição dos óbitos está relacionada as
diversas ações da secretaria, como campanhas e palestras educativas. “A
SES monitora os casos de hipertensão em todo o Estado, como também
realiza eventos para atualizar os profissionais de saúde sobre a doença e
dos medicamentos que são oferecidos pelo Ministério da Saúde. A
medicação para o controle da hipertensão arterial é oferecida
gratuitamente na rede pública por meio das unidades de PSF (Programa
Saúde da Família) e Farmácias Populares”, disse.
Gerlane
Carvalho explica que a hipertensão arterial é uma doença
crônico-degenerativa, portanto, não há cura, apenas o controle. “O
tratamento não deve ser feito apenas com medicamentos, mas consiste
também em uma dieta balanceada, exercícios físicos e melhor qualidade de
vida com atividades que proporcionam lazer”, pontuou.
O
comerciante André Barreto, 38 anos, que já foi acometido pela doença,
relatou que a hipertensão arterial faz parte do seu histórico familiar,
já que pai, mãe e tios sofrem do mesmo problema. “Eu já tinha tendência
para ter pressão alta por conta disso e, depois que fui ao médico, ele
me disse que como eu fumo e bebo potencializou o caso. Agora eu tomo, e
vou tomar para o resto da vida, medicamento para controlar a pressão”,
afirmou.
De
acordo com o Ministério da Saúde, (MS) a hipertensão arterial, também
conhecida como ‘pressão alta’, é considerada como uma doença ou como um
fator de risco para o desenvolvimento de doenças do coração, já que na
grande maioria das vezes é assintomática ou apresenta sintomas em comuns
a outras doenças, como dores de cabeça, tonturas, mal-estar, náuseas,
calor pelo corpo, sangramento pelo nariz, palpitações e falta de ar.
Ainda
segundo o MS, a pressão alta tem diversas causas, como a
hereditariedade, obesidade, sedentarismo, alcoolismo, estresse, consumo
de comidas com alto teor de gordurosas, fumo e consumo excessivo de
sódio e alimentos salgados.
Conforme
o cardiologista, Francisco de Assis, essas doenças têm apresentado cada
vez mais incidência na população, devido a vida moderna que estimula o
sedentarismo, bem como uma alimentação inadequada. “Apesar de ser mais
comum a partir dos 45 anos, as doenças cardiovasculares são resultado de
combinações de risco, como tabagismo, colesterol alto, diabetes e
pressão alta”, explicou.
Jaine Alves
Fonte Água Branca em Foco
Nenhum comentário:
Postar um comentário