1BERTO DE ALMEIDA
Nessa manhã não entrei como de costumo na Internet para ver o que
estava acontecendo de bom nessa rede que nunca dorme. Antes, pouco
antes, dei a notícia, a triste notícia para a Morena. Depois, chegando
ao trabalho, Dapenha, o meu bom irmão Dapenha, autor de Passa Um Rio
Pelo Meu Coração, livro se vestindo por aqui na minha doce Província das
Acácias, achando que este escriba ainda não soubesse que ele acabava de
trocar de roupa e se mudar para outra cidade, telefona num tom sentido e
diz que “Parece brincadeira, né? Dominguinhos aí se arrumando para ir
embora, e vem agora a notícia de que o excelente Emílio acabou de se
mudar!"
Logo ele que nós consideramos – falo também do irmão citado - a
última reserva da “bela voz” verde-amarela? O melhor dos nossos
cantores/intérpretes? Logo essa figura humana como poucas que conheci de
perto e tive a alegria de tê-lo como companhia numa mesinha de bar em
nossa orla marítima? E que nesse dia humilde como não sei o quê dizendo
que estava com vontade de cantar e gostaria de pedir ao crooner do
conjuntinho que se apresentava no momento para “dar uma palinha”? Não
disse “palhinha”, disse certo, palinha. Pausa. Nem vou entrar nos
detalhes do grande intérprete/cantor que o Verde-Amarelo perdeu com a
sua mudança pra outra cidade, deixo para depois.
Mais tarde, mais a vagar, depois de digerir melhor a noticia,
contarei algumas histórias que ele me contou e outras que conheço e ouvi
sobre a história dele. Confesso que senti. Muito. Agora só me resta –
nos resta, não esquecer o meu bom irmão Dapenha – ir para casa e, como
não gosto de tango, ouvir o que ficou de melhor do Emilio Santiago,
cantando, por exemplo, uma bossa nova ou, tudo bem, tudo bem, Saigon.
Tem mais, mais e melhores. Mas não quero muito. Apenas ouvir Emílio
Santiago cantando Saigon.
Fonte: Blog do Tião Lucena
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