A Terra deve completar sua rotação 1,34 milissegundos mais rápido que o habitual nesta terça-feira (22)
O fenômeno é resultado de variações naturais na velocidade do giro do planeta

A medição é feita pelo Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS), que utiliza relógios atômicos de alta precisão para acompanhar a rotação do planeta. Desde 1972, os cientistas monitoram variações sutis na duração dos dias, que podem ocorrer por diversos fatores, como atividade sísmica, variações no campo gravitacional, eventos atmosféricos e a influência gravitacional da Lua.
Esse fenômeno, conhecido como freio de maré, acontece quando a atração da Lua causa pequenas deformações no planeta, que acabam desacelerando a rotação ao longo de milhões de anos. Ainda assim, nos últimos anos, o que se viu foi o oposto: a Terra vem girando ligeiramente mais rápido. O dia mais curto já registrado, por exemplo, ocorreu em 5 de julho de 2024, com a rotação concluída 1,66 milissegundos antes do esperado.
Ainda segundo a BBC, no último dia 9 de julho, a rotação terminou 1,36 milissegundos mais cedo, e a expectativa para hoje é de 1,34 milissegundos a menos — colocando a data como vice-líder nesse curioso ranking.
Para se ter uma ideia, há cerca de 250 milhões de anos, quando os dinossauros dominavam o planeta, um dia durava por volta de 23 horas. Apesar de hoje os efeitos serem mínimos, essas medições ajudam a entender a dinâmica interna da Terra e servem de base para ajustes futuros no tempo civil, como a possível adição ou remoção de segundos intercalares.
Notícias ao Minuto
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