Novo pedido de liberdade de Lula no Supremo Tribunal Federal será relatado por Edson Fachin
O
novo pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) apresentado hoje ao Supremo Tribunal Federal será relatado pelo
ministro Edson Fachin, responsável pelos processos da Operação Lava
Jato na corte. A distribuição do Habeas Corpus foi registrada no sistema
pouco depois das 18 horas de hoje.
A
defesa do ex-presidente pede a anulação dos três processos contra o
petista que passaram pela Justiça Federal no Paraná. O pedido vem na
esteira da decisão da Segunda Turma do Supremo que, ontem, anulou uma
condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente do Banco do Brasil e da
Petrobras, investigado pelo Ministério Público Federal (MPF).
No
recurso, os advogados de Lula ainda pediram que ele seja libertado. O
ex-presidente está preso desde abril de 2018 na Superintendência da PF
(Polícia Federal) em Curitiba.
Caso os processos sejam anulados,
eles tramitariam de novo. O objetivo é que, nesse caso, Lula possa
apresentar suas argumentações após os delatores. Na prática, a defesa
pede um novo julgamento dos processos na primeira instância.
Sobre
a decisão de ontem da Segunda Turma, o advogado de Lula, Cristiano
Zanin Martins, disse que “o que é relevante é dar-se à defesa a última
palavra para que ela possa se pronunciar sobre eventuais acusações”.
“Inclusive aquelas feitas por corréus delatores, com acordo formalizado ou não”, disse o defensor, hoje, ao UOL, em Brasília. Zanin esteve no STF para se encontrar com o ministro Edson Fachin, relator das ações da Lava Jato na Corte.
No
caso do tríplex do Guarujá, que levou Lula à prisão, Léo Pinheiro,
ex-presidente da OAS, estava negociando um acordo de colaboração com o
MPF (Ministério Público Federal) durante a tramitação do processo.
Já
no processo do sítio de Atibaia, mais recente condenação de Lula, entre
os réus estavam delatores, como executivos da Odebrecht. Neste caso,
tanto o petista como os delatores tiveram os mesmos prazos para
apresentarem suas defesas antes do final da ação penal.
Lula
ainda tem pendente um processo na Justiça Federal no Paraná a respeito
de um esquema de corrupção envolvendo contratos da Petrobras com a
Odebrecht. O ex-presidente teria sido beneficiado com o apartamento
vizinho ao em que ele vivia em São Bernardo do Campo e a um terreno para
o Instituto Lula. O juiz Luiz Antônio Bonat ainda não apresentou sua
sentença no caso.
Fonte: UOL - Publicado por: Larissa Freitas

Nenhum comentário:
Postar um comentário