FIM DE UMA ERA: Após 66 anos de existência, Jornal Correio da Paraíba publica última edição neste sábado (4)
A
versão impressa do Jornal Correio da Paraíba vai sair de circulação
após 66 anos de existência. A última edição do periódico, o mais
importante da Paraíba, desde a década de 1990, quando assumiu a
liderança, vai ser publicada neste sábado (4).
Nos
últimos anos, o jornal vinha mantendo redações em João Pessoa e Campina
Grande e é o último a encerrar suas atividades, depois de O Norte,
rival durante décadas, e Diário da Borborema, extintos em 2012, e Jornal
da Paraíba, que deixou de circular em abril de 2016.
Resta apenas
em circulação o Jornal A União, que há muitos anos perdeu relevância,
mas vem sendo mantido pelo Governo do Estado devido ao seu papel
simbólico, reduzido à fonte oficial, à exceção de colunas e espaços
dedicados à publicação de crônicas.
Presidido pelo empresário
Roberto Cavalcanti, o jornal Correio da Paraíba deu origem a outros
veículos, que posteriormente formariam o Sistema Correio de Comunicação,
com emissoras de rádio, televisão e portal de notícias e consolidou a
carreira de inúmeros profissionais da mídia paraibana, a exemplo de
Rubens Nóbrega, Giovanni Meirelles, Lena Guimarães (in memorian) e
Walter Galvão, dentre outros. Atualmente, o veículo vinha sendo
comandado pela jornalista Sony Lacerda, onde ela passou por todas as
funções, de repórter a editora-geral.
O jornal Correio da Paraíba
foi fundado por Teotônio Neto em 5 de agosto de 1953, dia de Nossa
Senhora das Neves e aniversário da cidade de João Pessoa. Sua cobertura
era pautada em assuntos políticos, economia, esportes, cidades, cultura e
outros cadernos especiais, relatando durante suas quase sete décadas de
existência, temas de impacto na Paraíba, disputas eleitorais,
entrevistas exclusivas e reportagens investigativas, ganhando
reconhecimento em diversas premiações locais e nacionais.
Um dos
fatos mais marcantes da história do Correio da Paraíba foi o assassinato
de Paulo Brandão, então sócio-proprietário do jornal, em 13 de dezembro
de 1984. O crime virou um “holocausto”para o grupo, nas palavras de seu
presidente Roberto Cavalcanti.
Polêmica Paraíba
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