OPERAÇÃO NOTEIRAS: Pai e filho donos da CARANGUEJO tem mandado de prisão decretado por sonegação de R$200 milhões
Quatro empresários foram presos na manhã desta quinta-feira (02) durante a 2ª fase da Operação Noteiras,
que cumpriu quatro mandados de prisão preventiva em Campina Grande e no
Recife, em Pernambuco. A operação tem como objetivo desarticular uma
organização criminosa que, juntamente com um grupo de empresas,
movimentou de forma ilícita aproximadamente R$ 200 milhões em
mercadorias e nota fiscais inidôneas.
Entre os mandados de prisão,
estão pai e filho, proprietários da empresa de aguardente Caranguejo.
A primeira fase foi realizada no dia 4 de março deste ano, quando foram
cumpridos 24 mandados, sendo 10 mandados de prisão (cinco preventivas e
cinco temporárias) e 14 mandados de busca e apreensão.
Luiz Magno
Almeida e seu filho Luiz Magno Almeida Filho foram encontrados e
detidos. O pai passa por uma delicada questão de saúde e deve ficar em
prisão domiciliar.
Renata Luz, promotora de
Combate à Sonegação Fiscal de João Pessoa, diz que desde 2017 os alvos
são investigados. Além dos mandados de prisão, as apreensões de material
comprobatório nas empresas. A promotora também afirma que houve o
sequestro de bens, tanto das empresas, como bens das pessoas donas das
empresas. Renata diz que num momento de saúde pública tao delicado, a
população precisa do ressarcimento dos valores.
A redação entrou em contato com representantes da empresa que não quiseram se manifestar.
A OPERAÇÃO
Durante
as investigações, constatou-se a existência de uma organização
criminosa especializada na constituição de empresas de fachada que
simulam operações de compra e venda de mercadorias, com o fim de
acobertar operações realizadas por outras empresas que, por sua vez,
funcionam com ares de regularidade, promovendo a circulação de
mercadorias sem o recolhimento do imposto devido, causando grave dano ao
Estado da Paraíba.
De
acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), a prisão dos
quatro empresários foi decretada após o recebimento de denúncia, que
imputa aos 33 acusados, os crimes de organização criminosa, falsidade
ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas,
somadas, totalizam 28 anos de reclusão.
A operação é uma atuação
conjunta da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ-PB), por meio da
Gerência Executiva de Combate à Fraude Fiscal (GECOF), do Ministério
Público da Paraíba (MP-PB), por meio da Promotoria de Crimes Contra
Ordem Tributária e da Polícia Civil, por meio da Delegacia de
Especializada de Combate aos Crimes Contra Ordem Tributária.
CONFIRA O REQUERIMENTO DA DENÚNCIA
Polêmica Paraíba
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