segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Esquema de candidaturas 'laranjas' em Minas Gerais

Denúncia contra ministro do Turismo será apurada caso haja necessidade, diz Sérgio Moro

Nesta segunda, a Folha de S.Paulo revelou que Álvaro Antônio utilizou um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais para direcionar verbas públicas de campanhas para empresas ligadas ao seu gabinete


Denúncia contra ministro será apurada caso haja necessidade, diz Moro
"Particularmente não sei se esta matéria é totalmente consistente. Se surgir a necessidade de apuração, será apurado", declarou Moro, numa entrevista com jornalistas na qual apresentou um pacote anticrime que será enviado em breve ao Congresso Nacional.
Nesta segunda, a Folha de S.Paulo revelou que Álvaro Antônio utilizou um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais para direcionar verbas públicas de campanhas para empresas ligadas ao seu gabinete.
Durante a campanha eleitoral, o ministro era o presidente do diretório regional do PSL. A direção nacional do partido, após pedido do PSL mineiro, destinou R$ 279 mil a quatro candidatas, sendo que elas repassaram ao menos R$ 85 mil para a conta de empresas ligadas a Álvaro Antônio.
Questionado sobre o caso nesta segunda, Moro disse, num primeiro momento, que "é coisa do passado" "o tempo em que o ministro da Justiça atuava como advogado de membros do governo federal."
"Não cabe ao ministro da Justiça fazer esse papel de defesa de situações apontadas em relação a membros do governo", disse.
Apesar da declaração, Moro fez apenas um breve comentário sobre o caso envolvendo seu colega de Esplanada.  
"Cabe ao ministro da Justiça assegurar que, havendo informações consistentes, que isso seja devidamente apurado pelos órgãos de investigação competentes", disse.
"Quando fui convidado a assumir essa posição, o presidente [Jair Bolsonaro] disse muito claramente que ele é intolerante em relação a desvios e que os órgãos deveriam ter plena autonomia em realizar essa apuração. É o que vai acontecer em relação a todos os casos que aparecerem", concluiu o ministro.
Procurado pela Folha de S.Paulo, Álvaro Antônio negou que tenha se beneficiado de um esquema envolvendo laranjas e disse que "a distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei". 
Política ao Minuto com informações da Folhapress

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