Wilson Witzel promete ‘aniquilar e asfixiar’ facções criminosas em enterro de policial militar
Informação foi dada durante a despedida ao soldado Daniel Henrique Mariotti, na tarde deste domingo, com presença de Witzel. PM foi morto ao tentar impedir assalto na Linha Amarela.
O
corpo do soldado Daniel Henrique Mariotti, baleado ao tentar impedir
assalto na Linha Amarela, foi enterrado no fim da tarde deste domingo
(6), no Jardim da Saudade de Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Estiveram
presentes o governador Wilson Witzel, o senador Flávio Bolsonaro, o
secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, e o vice-governador
Claudio Castro, assim como colegas de farda, amigos e familiares.
“A
morte do policial Mariotti, de qualquer cidadão, sempre vai resultar em
ações da polícia Civil, Militar e Administração Penitenciária. Nós não
vamos permitir que o crime organizado continue barbarizando a nossa
sociedade. Vamos agir, sim, cada vez mais coordenados, com mais
reforços, com mais técnicas, e nós temos a convicção de que vamos vencer
o crime organizado. O Estado é mais forte que eles e nós vamos usar
todos os esforços e meios para aniquilar e asfixiar esse crime
organizado.”
A
secretária estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos,
Fabiana Bentes, anunciou que criará uma coordenadoria para atendimento
às famílias dos agentes de segurança mortos.
“A
ideia é atuar na orientação dessas famílias, nos direitos da
previdência desses policiais. Tudo que temos Que fazer para nossos
familiares faremos agora para os policiais”, disse Bentes.
Mariotti
foi baleado no sábado. Ele estava de moto e foi atingido na cabeça por
criminosos que praticavam assaltos perto da Saída 7 da Linha Amarela,
uma das principais vias expressas do Rio.
O
soldado chegou a ser levado para o Hospital Federal de Bonsucesso, mas
não resistiu. Segundo o governo do estado, não havia neurocirurgião na
unidade de saúde e foi preciso deslocar dois médicos do Hospital da PM
para atender o policial.
“Eu
fiz a minha parte. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros tomaram as
providências para providenciar um neurocirurgião. Tivemos, por alguns
instantes, a esperança de que ele seria submetido à cirurgia e eu mesmo
estive ali com o seu Jorge, pai dele, ali, orando com a sensação de que
poderíamos ter uma vitória”, disse Witzel.
Última mensagem ao pai
Na
véspera, Mariotti havia enviado a seguinte mensagem para o pai: “Pai, estou escutando um louvor, e me veio a lembrança da minha infância
e de tudo o que passamos juntos”, escreveu. “Queria te agradecer por
tudo que fez e ainda faz por mim”, continuou.
Mariotti
tinha 30 anos e deixa mulher e um filho de 3 anos. “Agora que sou pai,
percebo o tamanho do amor que um pai tem por um filho. Você foi e é o
melhor que você pode ser. Queria dizer que te amo muito. Espero que meu
filho sinta por mim o amor que sinto por você”, escreveu ao pai.
O presidente Jair Bolsonaro prestou condolências no Twitter, e o governador Wilson Witzel lamentou, em nota, a morte do soldado.
“Meu
pesar à família de mais um PM assassinado no RJ, o soldado Mariotti. A
caça aos agentes de segurança e o massacre dos cidadãos de bem sempre
foram tratados como números. Legislativo, Executivo e Judiciário juntos,
devem na lei, propiciar garantias para que o bem vença o mal”, escreveu
o presidente.
Busca por assassinos
Neste
domingo, uma operação conjunta das polícias Civil e Militar foi
realizada em comunidades das Zona Norte para encontrar os assassinos do
soldado. Ao menos quatro pessoas foram presas no Mandela, em Benfica –
um deles seria o gerente do tráfico. Não foi confirmada a relação dos
detidos com a morte do PM.
O
Disque Denúncia divulgou um cartaz pedindo informações que ajudem a
esclarecer o crime. A recompensa para pistas que levam à prisão dos
criminosos é de R$ 5 mil. O telefone para contato é 2253-1177, e o
número do WhatsApp é 21 98849-6099.
Fonte: g1.globo.com/
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