Luan Estilizado afirma que padrasto matou sua mãe adotiva na véspera do São João
O Encontro
com Fátima Bernardes desta segunda-feira, 7/1, abordou um assunto que
tem ganhado cada vez mais espaço nos noticiários: a violência contra a
mulher. Durante a conversa, Luan Estilizado abriu o coração ao contar,
em detalhes, como sua mãe foi vítima de feminicídio. O cantor revelou
que, aos oito anos, a mãe adotiva foi assassinada pelo marido na véspera
do dia de São João.
“Foi bem difícil. Todo dia, não só minha mãe
como eu apanhava. A gente tinha muito medo de falar. Acabou que ele
matou minha mãe, assassinou minha mãe. Eu estava dormindo e, como era
noite de São João, não sabia distinguir o que eram fogos ou bala. Dia 23
de junho de 1999 que perdi minha mãe.”
Abandonado pela mãe
biológica quando nasceu, o cantor foi criado pela mãe adotiva até o dia
da tragédia e disse que também sofria violência por parte do padrasto:
“Ela
era policial, a polícia chegou lá pra me pegar e eu sem entender o que
era fui pra casa da minha tia. Foi meu primo que me contou a história e,
na mesma hora, disse o nome da pessoa que tinha matado ela, eu sabia.
Todo dia eu apanhava. Mas peço a Deus que perdoe o que ele fez”.
Depois
do acontecido, o pernambucano contou que encontrou na música a força
para continuar. Ele comentou que foi adotado pelo tio, irmão da mãe
morta, a quem ele chama de pai, o Amazan.
“Foi muito difícil pra
mim. Foi a música mesmo, um dom de Deus. Meu pai tem oito filhos e, dos
oito, só eu toquei sanfona. Meu pai ficou muito feliz quando comecei a
tocar sanfona e ali foi o escape pra mim. Acho que se tivesse a idade
que tenho hoje, na época, teria feito uma besteira.”
Em uma
estimativa feita pelo Instituto Maria da Penha, a cada dois segundos uma
mulher é vítima de violência física ou verbal no Brasil. Para
denunciar, ligue 180 – que é a Central de Atendimento à Mulher em
Situação de Violência.
Gshow
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