terça-feira, 5 de junho de 2018

Ex-governador conversa com ex-presidente também presidiário e chora

Sérgio Cabral chora ao falar com Lula em audiência sobre fraude na Olimpíada

Ex-presidente é ouvido pelo juiz Marcelo Bretas como testemunha de defesa do ex-governador do Rio


Cabral chora ao falar com Lula em audiência sobre fraude na Olimpíada
Os processos contra Cabral fazem parte da operação Unflair Play, que apura um suposto esquema de corrupção para a compra de apoio na votação que definiu o Rio como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.
A partir de Curitiba, onde encontra-se preso na superintendência da Polícia Federal (PF), Lula apareceu de terno e de gravata com as cores da bandeira do Brasil.
Antes do início da audiência, brincou com o juiz. "Não fala mal de mim não que eu estou ouvindo, hein". Depois, ainda disse: “Estou bonito, hein? Esta gravata é da conquista das Olimpíadas”.
Já Sérgio Cabral, ao entrar na sala, pediu para conversar com Lula. "Aproveitar que minha família está aqui. Estava preso quando dona Marisa faleceu, então a transmissão dos meus sentimentos. Meu abraço ao senhor, da Adriana, meu e dos meus filhos", falou o ex-governador, com olhos marejados.
Depois, Bretas faz um alerta a Lula. "O senhor deve ter percebido que a imprensa está aqui, há interesse em ouvir seu depoimento e devo deixar registrado que esse momento é exclusivamente para que o senhor responda às perguntas da defesa ou das defesas com relação a esta ação penal. Não faremos aqui digressões políticas de eventos passados".
O ex-presidente responde: "Senhor Bretas, meu compromisso aqui é com a verdade. Não acredito que hoje esteja um brasileiro que esteja mais na busca da verdade que eu. Estou cansado de mentiras e quero a verdade. Não faremos aqui digressões políticas de eventos passados".
Em seguida, o juiz começa a questionar Lula sobre a relação de amizade com os réus na ação - além de Cabral, o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, o ex-diretor de Operações do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner, e os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack são investigados. O petista negou.
Notícias ao Minuto

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