Protesto: Caminhoneiros se concentram em estacionamento de estádio em Brasília
No local, as informações ainda são desencontradas. Muitas faixas foram penduradas, entre elas uma com os dizeres "Intervenção Militar, Buzine"
Foto: autor desconhecido
Caminhoneiros e apoiadores se concentram, ao lado de 15
caminhões, no estacionamento do estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Segundo presentes, eles estão aguardando protesto que vem sendo
convocado nas redes sociais para amanhã na capital federal e outras
cidades pelo país.
No local, as informações ainda são desencontradas. Muitas faixas
foram penduradas, entre elas uma com os dizeres “Intervenção Militar,
Buzine”. Várias buzinas foram ouvidas pela reportagem.
Além de caminhoneiros, uma dezena de apoiadores, brasilienses e de
fora, acompanha. Um deles é o funcionário da construção civil, Ângelo
Silva, que veio de Balneário Camboriú (SC) e participou de paralisações
nas estradas acompanhando caminhoneiros. “Vamos fazer uma carreata
amanhã”, disse. “Estão chegando mais caminhões, há muita mobilização nas
redes sociais.”
Um casal vestindo camisetas do Brasil chegou ao local por volta das
12h, mas, frustrado com a pequena quantidade de presentes, foi embora.
Antes, deixaram o telefone com um dos participantes para receber
informações pelo WhatsApp.
Mais cedo, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, afirmou que o governo acompanha “sem alarme” as notícias que circulam nas mídias sociais de que os caminhoneiros poderão fazer protestos amanhã.
“Estamos acompanhando e verificando o tamanho e consequências dessa
eventual mobilização convocada para amanhã, mas sem nos preocuparmos no
ponto do alarme. Todas as notícias são acompanhadas”, disse.
Questionado se o governo acredita que vai haver mobilização, o
general disse que a avaliação é de que há um “quadro de normalidade que
não tende a ser modificado”. Etchegoyen disse ainda que o governo não
está preocupado com a origem das notícias sobre a mobilização, mas sim
se ela vai acontecer, e que não lida com “boatos e imprecisões”.
“A internet é um espaço livre em que todos podem entrar, desde
modestas dona de casa e trabalhadores. A verdade é que há um movimento
na mídia e um acompanhamento nosso, não temos nenhum indício de que isso
mude a preocupação do governo”, ressaltou.
Folha de São Paulo
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