Desistência de Raimundo Lira deflagra corrida desenfreada para o Senado Federal na Paraíba
A
atitude do senador Raimundo Lira (PSD), decidindo não concorrer à
reeleição pela Paraíba, desencadeou uma intensa movimentação nas hostes
políticas, com parlamentares cogitando aceitar o desafio e outros
repensando projetos montados para a disputa deste ano. O deputado
federal Wellington Roberto, do PR, admitiu, ontem, que pode concorrer ao
Senado – ele já ocupou uma vez o posto, concluindo o mandato de
Humberto Lucena, que havia falecido, mas depois partiu para concorrer à
Câmara Federal.
O PR, depois de se afastar da base do governador Ricardo Coutinho
(PSB), vinha mantendo entendimentos com o pré-candidato do MDB ao
governo, senador José Maranhão, em busca de um lugar na chapa
majoritária, mas na posição de vice-governador. O espaço poderia vir a
ser ocupado pelo filho do deputado, Bruno Roberto, ex-secretário de
Esporte da Paraíba. Com a desistência de Lira, todavia, a cúpula do PR
vislumbrou a chance de reivindicar espaço ao Senado.
No PSD, o vice-presidente do partido, deputado estadual Manoel
Ludgério, afirmou que vai pedir ao presidente nacional, ministro
Gilberto Kassab, para interferir nas negociações junto ao PV, do
pré-candidato a governador Lucélio Cartaxo, para que a vaga do partido
ao Senado Federal na chapa seja mantida. Ele também mencionou o nome da
presidente estadual Eva Gouveia, viúva do deputado federal Rômulo
Gouveia, como forte para disputar a vice-governadoria. A conversa com
Kassab deverá ser oficializada no início do próximo mês. “Se a vaga de
candidato a senador estava reservada ao PSD, entendo que este espaço
deve ser discutido prioritariamente conosco”, argumentou Manoel
Ludgério. O vice-prefeito de João Pessoa, Manoel Júnior (PSC) também
decidiu apostar na abertura para uma das duas vagas abertas às eleições
deste ano. No PT, há facções tentando emplacar novamente a
pré-candidatura do deputado federal Luiz Couto a senador.
Nonato Guedes
Polêmica Paraíba - Publicado por Lenilson Guedes
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