Argentinos acompanham protestos de caminhoneiros no Brasil contra alto preço dos combustíveis
Empresas
argentinas que fazem comércio com o Brasil estão em estado de alerta e
acompanhando as manifestações dos caminhoneiros brasileiros contra o
alto preço do combustível. Até o momento, os protestos em rodovias
federais e estaduais brasileiras não causou problemas no comércio
bilateral.
“A greve ainda é muito incipiente, para medir como nos
afeta”, disse em entrevista, Gustavo Segré, sócio e diretor do Center
Group, que administra 53 empresas argentinas operando no Brasil. “Mas se
o problema não for solucionado rapidamente, o impacto será grande”,
alertou.
A Tito Smart Model Logistics – responsável pela logística
em transporte aéreo, marítimo e rodoviário de empresas que
comercializam com o Brasil – também está acompanhando de perto a
situação, que pode afetar o comércio do setor automobilístico.
“Cerca
de 90% do comércio de autopeças, que representa uma parte importante
das exportações argentinas de produtos industrializados para o Brasil, é
feito por terra”, disse, o gerente comercial da Tito, Pablo Lagreca.
A
Embaixada do Brasil em Buenos Aires e a empresa de consultoria
econômica especializada em América Latina Abeceb informaram que, até a
manhã de hoje, não tinham recebido reclamações de exportadores e
importadores.
“Até agora sabemos que tem greve em 19 estados
brasileiros, mas não houve queixas de empresários”, disse o economista
Dante Sica, diretor da Abeceb. “Mas é preciso ficar atento, porque pode
repercutir no setor automotivo”, acrescentou.
No Paraguai, também
existe preocupação com o movimento dos caminhoneiros. Os paraguaios,
como os argentinos, lembram que a greve dos caminhoneiros ocorre depois
de outra, da Receita Federal, que atrasou o comércio nas fronteiras.
Agência Brasil
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