Prisão do ex-presidente Lula não lhe tirou o prestígio popular e ele continua na frente em pesquisa
Descrença e desalento são o resultado mais preocupante dessa nova pesquisa CNT/MDA |
A rigor, a nova pesquisa CNT/MDA mantém
inalterado o quadro da sucessão presidencial no Brasil. A prisão do
ex-presidente Lula não lhe tirou o prestígio popular. Ele segue com 32%
das intenções de voto, o que é um desempenho extraordinário para um
político nas suas condições.
Sem Lula no páreo, o cenário mais provável, Jair Bolsonaro (PSL) o
segundo colocado e signatário atual da polarização, cresce pouco. Oscila
apenas de 16,7% para 18,3%. Ainda assim, o suficiente para ser o
primeiro colocado com certa folga da segunda, a ex-ministra Marina Silva
(Rede), com seus 11%
O resultado mostra algumas verdades. A primeira delas. Lula é um
fenômeno a se explicar. A segunda: a força política do petista, porém,
não sinaliza qualquer potencial de transferência. Fernando Haddad,
estimulado como nome do PT, fraqueja em 2,3%.
A que mais mexe com o imaginário, entretanto, é outra: fora as
obviedades, o povo brasileiro se comporta na pesquisa como quem procura
um rumo ou não encontra em nenhuma das opções aquele estímulo para
votar. São 45% dos eleitores entre brancos, nulos e indecisos.
Sem nenhuma nova liderança parida da crise, um grande contingente de
brasileiros não se sente representado e nem muito menos motivado a sair
de casa para, num ambiente de tanto desalento, ofertar um voto de
confiança. É a descrença em dias melhores o resultado mais preocupante
dessa nova pesquisa.
Quem sabe quando a eleição se aproximar e o debate estiver mais
claro, o eleitor desperte e se anime a garimpar alguma alternativa. Nem
que seja movido a encontrar a menos ruim entre as opções.
MaisPB com Heron Cid
Nenhum comentário:
Postar um comentário