Novo diretor da Polícia Federal diz que Lava Jato ‘continua forte’ e promete reforço
O novo diretor-geral da
Polícia Federal, Rogério Galloro, afirmou em seu discurso de posse nesta
sexta-feira (2) que a Operação Lava Jato “continua forte” e reafirmou
compromisso de “reforçar a equipe do Ginq”, o grupo que trata de
inquéritos sobre políticos que tramitam no STF (Supremo Tribunal
Federal).
Ex-número dois da gestão do diretor-geral Leandro Daiello
(2011-2017), Galloro substituiu o delegado Fernando Segovia nesta
terça-feira (27), por decisão do ministro da Segurança Pública, Raul
Jungmann, e com apoio do presidente Michel Temer. Foi a primeira medida
tomada pelo novo ministro.
Em um discurso protocolar, Galloro apontou a necessidade de
cooperação entre órgãos de segurança pública, renovação dos quadros da
PF por meio de concursos e equipamentos tecnológicos. “O crime não
vencerá.” Galloro disse que estava ciente “do tamanho do compromisso”
que assumia ao tomar posse no cargo, que demandaria “responsabilidade,
dedicação, fidelidade e principalmente coragem”.
Galloro cumprimentou o ex-diretor Daiello. “Fiz parte de toda a
gestão [de Daiello], estive presente em momentos difíceis e em momentos
de conquistas.” Ao final do discurso, disse que “nós da Polícia Federal
temos o sentido da missão que nos cabe e não desistiremos jamais de
cumpri-la”.
A posse de Galloro ocorreu no salão negro do Ministério da Justiça,
no qual está funcionando provisoriamente o novo Ministério
Extraordinário da Segurança Pública, criado nesta semana pelo presidente
Michel Temer. À posse compareceram os ministros Jungmann e Torquato
Jardim (Justiça) e Herman Benjamin, do STJ (Superior Tribunal de
Justiça). O ex-diretor-geral Leandro Daiello também foi à posse.
Em seu discurso, Fernando Segovia cumprimentou Galloro e Jungmann e
disse que o “alto grau de maturidade e profissionalismo” na PF
“garantirão nosso futuro”. “Contrariamente aos que pregam o caos e o
enfraquecimento da PF, temos certeza de que continuamos cada vez mais
fortes e independentes.”
Segovia não fez referência direta à sua saída, mencionando apenas que
durante sua gestão seus amigos e familiares ficaram “torcendo e
sofrendo, cada uma das minhas alegrias e tristezas”. Em relação ao
ministro Torquato Jardim, Segovia rechaçou a noção de que ele não tinha
um bom relacionamento com o ministro. “Ao contrário do que a imprensa e
algumas pessoas pensam,a sempre nos demos muito bem”, disse Segovia.
O ex-diretor agradeceu o apoio de todos os policiais federais. “Sem
vocês, a Polícia Federal não é nada”. Ao final do discurso, Segovia
disse, em latim, que “a sorte está lançada”.
Em seu curto discurso, Jardim disse para Segovia que “nosso trabalho em conjunto foi profícuo”.
Fonte: FOLHAPRESS - Publicado por: Larissa Freitas
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