segunda-feira, 5 de março de 2018

Operação Carne Fraca

Ex-diretor-presidente global da BRF Brasil Foods é preso em operação da Polícia Federal

(FOTO: ANA PAULA PAIVA/ AGÊNCIA O GLOBO)
O ex-diretor-presidente global da BRF Brasil Foods Pedro de Andrade Faria foi preso na manhã desta segunda-feira (5), em São Paulo, na 3ª fase da Operação Carne Fraca.
Outras nove pessoas ligadas à empresa foram presas. Todos os 11 mandados são de prisão temporária (veja lista mais abaixo). Há um mandado ainda em aberto.
Esta nova fase, batizada de Operação Trapaça, cumpre um total de 91 ordens judiciais em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. Além dos mandados de prisão, há 27 mandados de condução coercitiva e 53 de busca e apreensão.
Os alvos da operação são 4 unidades da BRF: em Carambeí (PR) e Rio Verde (GO), que produzem frango; em Mineiros (GO), que produz peru; e em Chapecó (SC), que produz ração.
Segundo a PF e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), essas fábricas fraudavam laudos relacionados à presença de salmonela em alimentos para exportação a 12 países que exigem requisitos sanitários específicos de controle e tipificação desse tipo de bactéria.
De acordo com o ministério, estão suspensas as exportações das fábricas de Carambeí, Mineiros e Rio Verde a esse grupo, que inclui China, África do Sul e países da União Europeia.
O ministério afirma que a produção para consumo interno não foi afetado e que não há risco para a saúde pública, mas diz que novas medidas poderão ser tomadas após a conlusão da operação.
“Estamos coletando provas para dar robustez aos autos do processo. Ao final do dia, veremos as medidas a serem tomadas”, completou Silva, durante entrevista coletiva em Curitiba nesta segunda-feira.
De acordo com o ministério, a presença de salmonela é comum em carne de aves, pois faz parte da flora intestinal desses animais, mas a bactéria é destruída quando submetida a altas temperaturas, como fritura e cozimento, e procedimentos adequados de preparo e de consumo minimizam os riscos à saúde.
O G1 enviou um e-mail pra BRF às 7h12, mas até as 12h30 a companhia não havia se posicionado. A reportagem tenta localizar a defesa dos citados.
G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário