Doze homens acusados de abuso sexual infantil são absolvidos neste sábado no Paquistão
Um
tribunal paquistanês absolveu neste sábado 12 homens acusados de abuso
sexual infantil e chantagem contra os parentes das vítimas, no último
veredicto de um grande escândalo de pedofilia que sacudiu o país em
agosto de 2015.
O
caso foi considerado pelas autoridades paquistanesas o maior escândalo
de violência contra as crianças na história do país. Quase 300 vítimas
teriam sido filmadas durante o abuso sexual por homens que depois
chantagearam as famílias.
Dois acusados foram condenados em abril de 2017 à prisão perpétua.
O
juiz Chaudhry Ilyas absolveu os homens de “abuso sexual de um menino e
da acusação de filmar a criança para chantagear a família”, afirmou uma
fonte oficial à AFP.
Os
promotores levaram 16 testemunhas contra os acusados ao tribunal, mas
não conseguiram apresentar provas, de acordo com o magistrado.
Abusos
Pelo
menos 280 crianças, a maioria com menos de 14 anos, aparecem em
centenas de vídeos sórdidos filmados desde 2007 na localidade de Husain
Janwala, ao sudoeste de Lahore, a segunda maior cidade do país, afirmou
Latif Ahmed Sara, representante das famílias das vítimas.
As
crianças eram gravadas quando eram violentadas por um ou vários homens
ou eram obrigadas a manter relações entre si. Vinte e cinco homens
estavam envolvidos quando o caso foi revelado.
A
polícia, que não atuou apesar dos pedidos desesperados de alguns pais,
realizou dezenas de detenções depois que os confrontos entre as famílias
e as autoridades levaram chamaram a atenção da imprensa.
Em
março de 2016, o Senado do Paquistão aprovou um projeto de lei que
tipificava como crime pela primeira vez a agressão sexual contra
menores, a pornografia infantil e o tráfico. Antes apenas os atos de
estupro e sodomia eram penalizados.
Na
semana passada, um tribunal anunciou a condenação à morte de um homem
acusado de estuprar e assassinar uma menina de seis anos, um caso que
comoveu o país e provocou grandes distúrbios na cidade do crime.
G1
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