Francisco confirma canonização de Paulo VI, considerado o primeiro pontífice 'moderno' da Igreja
Giovanni Battista Montini teve milagre reconhecido pela Igreja
Ele é considerado o primeiro pontífice "moderno" da Igreja e abriu suas portas para as exigências da vida contemporânea - (Foto: Reprodução) |
O papa Francisco confirmou que Paulo VI (1897-1978)
será canonizado ainda neste ano. A notícia chega pouco mais de 10 dias
depois de a Congregação para as Causas dos Santos ter reconhecido um
milagre atribuído a Giovanni Battista Montini, que governou a Igreja
Católica entre 1963 e 1978.
"Paulo VI será santo neste ano", afirmou Francisco em um encontro
a portas fechadas com sacerdotes romanos na última quinta-feira (15) - o
relato da reunião só foi divulgado neste sábado (17).
A declaração foi dada enquanto Jorge Bergoglio comentava um livreto
com frases dos papas distribuído em Roma. "Há dois bispos de Roma
[recentes] já santos [João XXIII e João Paulo II]. Paulo VI será santo
neste ano. Um está com a causa de beatificação em curso, João Paulo I. E
Bento XVI e eu, na lista de espera. Rezem por nós", brincou o pontífice
argentino.
Canonização
O milagre de Montini teria ocorrido em dezembro de 2014, no
nascimento de Amanda, menina italiana que veio ao mundo após apenas 26
semanas de gravidez, algo em torno de seis meses e meio.
Segundo a Igreja, a placenta da mãe se rompeu com 13 semanas de
gestação, e os médicos a aconselharam a interromper a gravidez, que
poderia provocar danos à sua própria saúde. No entanto, ela, originária
da província de Verona, ouviu a sugestão de uma amiga e rezou no
Santuário das Graças de Brescia, lugar de devoção a Montini. A menina
nasceu saudável.
Paulo VI foi beatificado em 19 de outubro de 2014, em uma cerimônia
na praça São Pedro, no fim do Sínodo Extraordinário dos Bispos para a
Família. Ele é considerado o primeiro pontífice "moderno" da Igreja e
abriu suas portas para as exigências da vida contemporânea, apoiando a
atualização das normas católicas aos novos tempos. Por outro lado, era
crítico ferrenho da pílula anticoncepcional.
Agência Ansa
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