Itaú pagará R$ 500 mil a família de gerente utilizado como "escudo humano" em assaltos
A
Justiça do Trabalho condenou o Itaú a pagar R$ 500 mil a familiares do
gerente de uma das agências do banco em São Paulo. De acordo com a
defesa do funcionário, o homem foi utilizado como “escudo humano” em
assaltos e adquiriu doenças por causa das atividades do cargo.
Como ele morreu antes da conclusão do julgamento, a decisão foi para que os parentes recebam o dinheiro. A decisão cabe recurso.
A
6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), que
determinou o pagamento da indenização por danos morais, considerou que o
bancário foi vítima de violência e que a empresa não ofereceu o apoio
pós-traumático necessário.
Segundo
uma testemunha, o empregado presenciou quatro assaltos durante o
período em que trabalhou na agência, nos quais foi usado como escudo
humano. A petição inicial acusava o banco de não oferecer nenhum tipo de
suporte ao gerente, que disse ter sofrido ameaças durante os episódios.
De
acordo com o documento de denúncia, esses acontecimentos causaram
síndrome do pânico, depressão e alcoolismo no funcionário. Também foi
escrito que os movimentos repetitivos realizados no dia-a-dia fizeram
com que desenvolvesse lesões nos músculos. O bancário solicitou uma
perícia para comprovar as acusações, mas morreu dias antes do
agendamento dos exames.
Ao
analisar o pedido, o juiz da primeira instância considerou que só
poderia tomar uma decisão com a perícia e determinou que os pedidos eram
inconsistentes. A família e os advogados recorreram, e o TRT considerou
procedentes parte das acusações.
O
tribunal levou em consideração que os assaltos ocorreram entre 2002 e
2006, período em que o gerente trabalhava na agência, além de atestados
médicos apresentados à época.
Foi
determinado pagamento de R$ 350 mil por danos morais e R$ 150 mil pelos
salários e demais benefícios pelo tempo de estabilidade.
G1
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