sábado, 27 de janeiro de 2018

Quase cem pessoas morrem em atentado

Ambulância-bomba mata mais de 90 pessoas em Cabul na manhã deste sábado

(Foto: Mohammad Ismail/ Reuters)
A explosão de uma “ambulância-bomba” na manhã deste sábado (27) deixou 95 mortos e 158 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde afegão. O Talibã reivindicou a autoria deste atentado, que já é considerado um dos mais violentos dos últimos anos na cidade.
“O último balanço que temos é de 63 mortos e 151 feridos. Pode aumentar porque alguns feridos hospitalizados estão em condição crítica”, advertiu Baryalai Hilali, diretor de comunicação do governo.
O alvo exato dos terroristas ainda não está claro. Um edifício próximo ao hospital Jamuriat foi afetado e ameaçava desabar.
“O suicida usou uma ambulância para passar pelos postos de controle. No 1º controle disse que transportava um paciente para o hospital Jamuriat. No segundo posto de controle, foi identificado e detonou os explosivos”, explicou à AFP Nasrat Rahimi, porta-voz do ministério do Interior.
No bairro onde ocorreu a explosão estão prédios governamentais (entre eles os escritórios do Ministério do Interior afegão), além de embaixadas estrangeiras e os da União Europeia.
O Alto Conselho da Paz, responsável pelas negociações com os talibãs (atualmente bloqueadas), também fica na região. A área estava movimentada no momento do ataque, ocorrido por volta das 12h45 (horário local), já que sábado é um dia útil no país. Apenas o hospital da ONG italiana Emergengy contabilizou sete mortos e 70 feridos.
O atentado foi reivindicado pelo porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, no WhatsApp: “Um mártir explodiu seu carro-bomba perto do ministério do Interior, onde estavam muitas forças policiais”, segundo a France Presse.
A explosão foi tão potente que abalou a capital afegã e deixou vários estabelecimentos com as janelas quebradas em bairros próximos. As janelas do escritório da AFP, que fica a quase 2 km, tremeram e os vidros da “Chicken Street”, a rua dos antiquários, a centenas de metros do local do atentado, quebraram.
G1

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