Operação da Polícia Federal identifica desvio de R$ 65 milhões no município de Jequié, na Bahia
A
Polícia Federal, em conjunto com o Ministério da Transparência e
Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal,
deflagrou hoje (5) a Operação Melinoe, que apura um esquema de desvio de
recursos federais e da pasta de Educação do município de Jequié (BA).
Os investigadores, que levantam informações desde o ano passado,
identificaram 35 funcionários-fantasmas designados para escolas da
cidade, incluindo dois sobrinhos de uma ex-vereadora.
A empresa
responsável pela contratação dos funcionários, que, segundo a
investigação, teria ganhado a licitação de forma ilegal, recebeu da
prefeitura, entre 2013 e 2017, R$ 63 milhões. Do total, R$ 7 milhões
foram provenientes de recursos federais destinados à educação, como
precatórios do Fundo de Desenvolvimento da Educação Fundamental
(Fundef). Além disso, a fraude teria gerado um prejuízo adicional de R$
1,5 milhão, quantia referente a recursos federais reservados a outras
áreas.
Uma equipe de 58 policiais federais e seis auditores da CGU
cumprem 23 mandados de condução coercitiva e 18 mandados de busca e
apreensão, além de outras medidas cautelares, como arresto de bens, em
Jequié, Jaguaquara e Salvador. Entre as medidas cautelares impostas
estão o afastamento das funções públicas dos investigados e o
impedimento da empresa e de seus sócios de contratar ou renovar qualquer
projeto com o Poder Público. Os envolvidos responderão pelos crimes de
peculato, fraude à licitação, associação criminosa e falsidade
ideológica.
O nome da operação é uma referência à deusa grega dos fantasmas.
Agência Brasil
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