‘Eu deveria morar aqui’, brinca o ator Will Smith sobre o Brasil, no São Paulo Expo
10 12 2017 SAO PAULO CADERNO 2 COMIC CON Movimentacao na Comic Con Experience, realizada no Sao Paulo Expo - FOTO GABRIELA BILO / ESTADAO |
Às
17h, a fila em frente ao principal auditório vibrava excitação e
ansiedade. O espaço, com 3,5 mil lugares, estava cheio. Para alguém
entrar, era preciso que alguém saísse. E era pouco provável que alguém
deixaria seu lugar momentos antes do último e mais esperado painel dos
quatro anos da Comic Con Experience, evento dedicado à cultura pop no
São Paulo Expo desde quarta-feira (6), encerrado no domingo.
Ao
todo, foram 227.451 pessoas em quatro dias de evento. A título de
comparação, a Comic Con de San Diego, a mais famosa do mundo, leva 156
mil pessoas à cidade californiana.
Dentro do auditório era exibido Bright,
o novo filme da Netflix, que estreia no dia 22 de dezembro, dirigido
por David Ayer. Quem não entrou, ainda ouvia a trilha sonora ou o som
dos disparos fictícios dos vindos das caixas de som gigantescas
posicionadas ao lado da tela de cinema.
Não ficaram sem um pouquinho de Will Smith. O astro, a estrela do filme de Ayer, com quem trabalhou em Esquadrão Suicida, atravessou por uma passarela sobre o público para uma entrevista ao vivo para o site Omelete, organizador do evento.
No
caminho, Will era só sorrisos. Se havia uma tensão nos bastidores sobre
o comportamento do astro – estrelas de Hollywood, afinal, são sempre
imprevisíveis -, isso foi deixado de lado nos primeiros passos de Smith
por cima do público. “Will! Will! Will!”, gritavam eles – e era possível
ouvir de dentro do auditório.
O ator surgiu de um lado para o
outro da passarela, distribuiu sorrisos, entregou regalos e acenos para o
público. Entrevista feita – e era possível acompanhá-la pelo vidro -,
Smith voltou pelo caminho que veio. Mais gritos – Will! Will! Will –
eram ouvidos do lado de dentro do auditório.
Bright já estava no
fim quando os gritos voltaram do lado de fora. Logo, Smith estaria no
palco do painel ao lado de Ayer e Joel Edgerton.
Diante da
plateia, Smith é o rei. Domina o público com elogios. “Eu deveria morar
aqui”, brinca, sobre a recepção acalorada ao subir no palco. Só
sorrisos, ele ainda improvisou um beat-box com o público.
“Eu
grito ‘bra’ e vocês gritam ‘sil’” Ele ainda rimou o tema de Um Maluco no
Pedaço, série de humor sucesso que foi ao ar de 1990 a 1996. O público,
é claro, ergueu seus celulares e registraram tudo. Por fim, Smith ainda
assinou um disco em vinil de Homebase, um disco de hip hop lançado por
ele em 1991.
Bright é, como Smith descreveu, “um encontro entre (os filmes) Dia de Treinamento e O Senhor dos Aneis”.
“David Ayer é um daqueles diretores de uma lista que eu tenho. Todos os
nomes ali, como Ang Lee, Michael Bay e Christopher Nolan. Se algum nome
desses me chama, eu vou”.
Bright coloca, na mesma viatura de
polícia, o humano Daryl Ward (Smith) e um orc Nick Jacoby (Egderton). Os
personagens vivem em um mundo no qual orcs, humanos, elfos e fadas
coexistem – e, sim, as varinhas de condão são itens poderosos. Talvez só
não tão poderosas quanto o carisma de Will Smith.
Estadão
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