Polícia Federal acusa Geddel e o irmão de lavagem de dinheiro e associação criminosa
A mãe de Geddel e um ex-assessor do deputado, Job Brandão, são acusados dos mesmos crimes
A investigação está relacionada aos R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal em malas e caixas em um apartamento pertencente a um amigo da família Vieira Lima, em Salvador - (Foto: Divulgação/Polícia Federal) |
A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal
Federal (STF) relatório de investigação no qual acusa o ex-ministro
Geddel Vieira Lima e o irmão dele, o deputado Lúcio Vieira Lima
(PMDB-BA), dos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A
investigação está relacionada com a apreensão dos R$ 51 milhões pela PF
em um apartamento em Salvador.
No relatório, enviado ao ministro Edson Fachin, relator do inquérito,
a Polícia Federal afirma que a família Vieira Lima usou subterfúgios
para receber, transportar e armazenar os valores.
ara a PF, a defesa não conseguiu justificar a origem do dinheiro
apreendido. A mãe de Geddel e um ex-assessor do deputado, Job Brandão,
são acusados dos mesmos crimes.
“Ao largo dessas razões, passados quase três meses da apreensão da
quantia milionária em espécie, não foi apresentada qualquer documentação
que viesse dar um mínimo de suporte aos valores apreendidos”, diz o
relatório.
Para investigar o suposto crime de corrupção, que pode revelar a
origem dos R$ 51 milhões, a PF solicitou ao ministro a abertura de um
novo inquérito. “Nesse sentido, sugere que outros fatos, principalmente
crimes antecedentes da lavagem de dinheiro aqui mencionadas, além de
outras tipologias de branqueamento de capitais provenientes de
atividades ilícitas dos investigados, sejam objetos de outras
apurações”, concluiu a PF.
Geddel foi preso no dia 8 de setembro, três dias depois que a PF
encontrou o dinheiro no apartamento de um amigo do político. Os valores
apreendidos foram depositados em conta judicial.
Agência Brasil
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