Traumatizada, vítima de estuprador do ônibus decide trabalhar a pé nesta segunda-feira
Um
dia após a Justiça decretar a prisão preventiva do homem detido por
crimes sexuais em São Paulo, a última vítima estuprada por ele dentro de
um ônibus voltou a trabalhar nesta segunda-feira(4).
Traumatizada,
ela desistiu de pegar o coletivo pela manhã e, por segurança, decidiu
caminhar a pé os 3 quilômetros de distância que separam a casa dela do
emprego.
“Tenho
medo de voltar a andar de ônibus”, declarou a empregada doméstica
cearense de 39 anos atacada no sábado (2) por Diego Ferreira de Novais,
de 27, preso 17 vezes pelo mesmo delito . “Não me sinto segura ainda”,
completou.
O
abusador sexual, que alega ter problemas psiquiátricos, se masturbou e
esfregou o pênis na mulher. Ela se assustou e pediu ajuda a outros
passageiros que detiveram Diego e pediram para o motorista parar o
veículo. A Polícia Militar (PM) foi chamada e levou o suspeito à
delegacia.
A Polícia
Civil o indiciou por estupro porque considerou que ele agiu com
violência ao impedir a vítima de fugir. O mesmo entendimento teve a
Justiça, que determinou que ele continue preso até um eventual
julgamento. Posteriormente, será avaliado se ele será submetido a exames
psiquiátricos para saber se é doente e se precisa de tratamento médico.
Sob a
condição de que seu nome e rosto não fossem divulgados, a 17ª vítima de
Diego voltou a falar com a reportagem nesta segunda-feira(4). No
domingo(3), ela já havia comentado que se sentiu “gratificada porque ele
está preso”.
“A imagem do pênis dele não sai da minha cabeça”, disse a mulher. “Estou querendo esquecer tudo isso.”
Trabalhando
há 20 anos limpando casas, ela disse que é ‘forte’ e irá superar o
trauma do que ocorreu para voltar a andar de ônibus. Casada e com filho,
a empregada lembra das origens no Ceará. “Sempre batalhei. Sei que sou
forte e vou conseguir. Me conheço. Não vai demorar muito para eu voltar a
andar de ônibus”.
Na
última terça-feira (29), também em um ônibus na Paulista, Diego chegou a
ejacular sobre uma outra mulher. Na quarta-feira (30), no entanto, o
juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto entendeu não ter havido
constrangimento ou violência contra a vítima e decidiu deixá-lo em
liberdade. Neste domingo, após novo abuso no sábado, o juiz Rodrigo
Marzola Colombini entendeu que ele cometeu mesmo o estupro e manteve a
prisão.
MaisPB
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