Dez membros de quadrilha são mortos pela polícia em bairro nobre de São Paulo
Quatro policiais ficaram feridos por estilhaços no confronto
Dez integrantes de uma quadrilha de roubo a residências morreram em um
tiroteio com policiais civis no Jardim Guedala, região do Morumbi, na
zona sul da capital paulista, na noite deste domingo (03). Quatro
policiais ficaram feridos por estilhaços no confronto.
De acordo com as informações da Polícia Civil, os suspeitos utilizavam
coletes à prova de balas, estavam armados de fuzis e em dois veículos
blindados, uma Hyundai Santa Fé, prata, e um Fiat Toro, vermelho. A
quadrilha foi surpreendida por três viaturas do Departamento de
Investigações Criminais (Deic), ao sair da mansão de um empresário na
Rua Puréus, por volta das 19h30.
Três adultos e uma criança estavam dentro da casa assaltada pelos
criminosos. Segundo a Polícia Civil, ao perceber a aproximação de
agentes, os assaltantes abandonaram objetos que iriam roubar dentro da
residência e tentaram fugir, mas foram interceptados pelas viaturas da
polícia na Rua Pirapó, em ponto próximo da Praça Alfredo Volpi. O
tiroteio foi intenso e os policiais pediram reforço do Garra, que enviou
pelo menos mais quatro viaturas ao local. Vizinhos relataram que o
confronto durou cerca de 20 minutos.
A quadrilha era alvo de investigação do Deic há meses e atacava casas
de luxo na região do Morumbi. Eles já teriam cometido pelo menos 20
assaltos a residências no bairro nos últimos anos e um juiz chegou a ser
vítima dos criminosos, também segundo a Polícia Civil.
Os mortos seriam da região do Capão Redondo, na zona sul, e de Taboão
da Serra, na Grande São Paulo. Com eles, os policiais apreenderam quatro
fuzis.
Vizinhos
Moradores afirmam que os bandidos estavam “aterrorizando o Morumbi”. O
administrador Alfredo Barbosa, de 60 anos, afirma que ouviu mais de cem
disparos de arma de fogo durante a operação policial. “Foram uns 20
minutos de tiroteio, pensei até que era um balão soltando fogos, só
depois que eu vi uma mensagem do pessoal falando que tinha morto”,
relatou.
Morador da região há 20 anos, Barbosa diz que soube de vários assaltos a
residência e ele mesmo foi vítima de uma invasão há quatro anos. “Eles
chegaram a dominar a empregada, mas não conseguiram passar pela
segurança”, disse.
Outros casos
Em novembro, dois suspeitos de roubos a residência no Morumbi foram
presos pela Polícia Civil. Um deles trabalhava há mais de 20 anos como
vigilante e seria responsável por dar “dicas” para o grupo, que teria
feito uma centena de ataques, incluindo o assalto à casa do empresário
Adhemar César Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no
dia 15 de novembro. Ele chegou a ser agredido durante a ação.
Gazeta Online
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